Longas Férias Parte 6 – Luang Prabang

Por Jaqueline Furrier
colaboração e edição Mel Reis
fotos de João Carlos de Gênova

A cidade mais turística do Laos, Luang Prabang, foi nosso destino por dois dias no final das férias do final de 2013 e início de 2014, que já foram relatadas aqui em outras cinco postagens (veja os links abaixo).

1. Dubai;
2. Saigon (Ho chi minh) e Hanói;
3. Ha Long Bay;
4. Hué e Hoi An;
5. Camboja.

Devido a outras viagens no decorrer do ano, resolvemos deixar esta última parte para mais próxima à alta temporada 2014/2015 de turismo pelo Sudeste Asiático, que se inicia em novembro e vai até fevereiro.

A pequena cidade de 50 mil habitantes, que foi capital do país até 1975,  está situada na confluência dos rios Khan e Mekong, a 700 metros do nível do mar, e é circundada por montanhas cobertas de florestas. Cada vez mais atrai turistas, sendo que a  maior parte deles a visita depois ou antes de percorrer outros países da região. A cidade recebe voos vindos, principalmente, da Tailândia, Vietnã ou Camboja, de onde voamos a partir de Seam Reap. Brasileiros precisam de visto, que é obtido na entrada do país.

A charmosa cidade é tombada pela Unesco e tem, além de muitos templos budistas,  construções coloniais de estilo próprio muito bem preservadas, muitas delas transformados em loja, e hotéis.

Pode-se circular a pé por toda a cidade, que se estende pela margem do rio Mekong e em cuja rua comercial principal (Sisavangvong/Sakkarine) está a maioria de seus cafés e lojas. É numa parte dela também onde, das 18:00 às 23:00, funciona um mercado noturno (night market), que vende toda sorte de “souvenirs” (alguns são artesanatos, mas a maioria é industrializada).

Para quem gosta de acordar bem cedo, vale a pena conferir a procissão de monges vestidos de laranja pelas ruas da cidade, aceitando as oferendas de seus habitantes.

Hospedagem

Nós ficamos hospedados, por duas noites, no Hotel De La Paix, que está sediado numa antiga cadeia convertida em resort. Embora a área comum, principalmente a externa, seja bem bonita, os quartos são bastante dispares um dos outros e a decoração destes deixa a desejar. Também deixa a desejar o atendimento no café da manhã.

Almocei com meu marido no Hotel Amantaka e achei um espetáculo a conversão do hospital da época colonial acomodações de luxo. Fica a dica se couber no seu bolso.

Embora pequena, a cidade conta com outros hotéis luxo que fazem parte da rede e Small Luxury Hotels (Luang Say Residence) e Belmond (La Residence Phou Vao), entre outros menores da mesma categoria.

Restaurantes

Como chegamos à noite, tivemos dois jantares e um almoço na cidade, mas pude notar que conta com inúmeras opções para todos os gostos e bolso.

Na primeira noite, o local escolhido foi o 3 Nagas, que fica na rua principal e pertence aos mesmos donos do Hotel De La Paix. Considerado um dos melhores para comida local, de fato é bom, mas para mim o ambiente carece de um pouco de charme.

No dia seguinte, almoçamos no tour com os elefantes (ver abaixo) e jantamos no L’Elephant, um restaurante francês tradicional impecável. Indispensável fazer reserva.

Luang Prabang - Elephant

Amigos que jantaram no Sabai Library & Lounge, no Hotel De La Paix, também gostaram da comida.

No último dia, almoçamos no The Dining Room Amantaka depois do city tour e estava uma delícia, embora vazio.

Luang Prabang

O que fazer

Abaixo estão os detalhes dos três tipos de programa que escolhemos. Eu, meu marido, minha filha, então com 5 anos, e a filha de uma amiga na casa dos 20 fizemos o primeiro tour e foi muito proveitoso. Na verdade, esse tour de dia todo foi uma combinação de dois tours de meio dia e, embora longo, minha filha aguentou firme.

Os demais amigos também gostaram dos passeios que fizeram. Recomendo que reserve com bastante antecedência a experiência com elefantes no Shangri Lao Explorer Camp & Expedition, que oferece vários tipos de atividades com esses animais, mas a estrutura não é tão grande para tantos visitantes.

Como o tempo era curto e os interesses do grupo (éramos 18 amigos) diferentes, no primeiro dia, cada turma fez o que mais lhe interessava e deixamos para conhecer a cidade, propriamente dita, todos juntos no dia seguinte com um tour guiado. Todos os programas foram organizados pela Trails of Indochina, operadora local que nos auxiliou em toda a viagem pelo Sudeste Asiático e ofereceu um serviço de primeira qualidade. Olha que agradar tantas pessoas por tantos dias não é fácil!

Tours

Shangri Lao (passeio com elefantes) e  cavernas de Pak Ou de barco:

Saímos do hotel por volta das 9:00 e fomos diretamente ao Shangri Lao Explorer Camp, que fica a aproximadamente 15km da cidade. Depois das informações básicas sobre os animais, seguimos para uma expedição por quase duas horas montados em dois elefantes. Atravessamos rio, e andamos por uma trilha em meio à mata com belas vistas do vale do rio Khan.

Paramos para ver bebês elefantes sendo alimentados e seguimos até as cachoeira Tad Sae. O local onde ficam as quedas d’água tem um pequeno parque com tirolesa e se pode banhar nas piscinas que se formam entre as quedas, contudo a água é fria.

Há também algumas lanchonetes, mas são precárias. Depois de ficarmos lá mais ou menos 30 minutos, descemos caminhando até o rio Khan, onde pegamos um barco de bambu, convertido num “lounge” com esteiras e uma mesa, onde almoçamos comida típica, que, embora simples, estava deliciosa. Recomendo muito este programa.

Depois de voltarmos à sede do campo, fomos levados de carro até o ponto de embarque para um passeio de barco pelo rio Mekong. Esse trajeto durou, aproximadamente 40 minutos.

Quando chegamos à beira do rio, primeiramente pegamos uma canoa na vila de Ban Pak Ou para vermos suas cavernas. Na verdade são duas cavernas encrustadas em rocha, uma mais baixa, Tham Ting, e outra mais no alto,  Tham Teung. Ambas contam com milhares de budas de todos os tamanhos e em diversas posições, que acabaram por formar um santuário.

De lá seguimos em um dos barcos que fazem o trajeto de 1h30min pelo rio Mekong até Luang Prabang. O passeio pelo rio é muito bonito e fomos presenteados com um lindo por do sol ao chegar à cidade.

Tour Pak Ou de bicicleta:

Os três casais que fizeram esse passeio gostaram bastante do visual, principalmente depois que se deixa a cidade para trás. Acharam, contudo, puxado para quem não tem bom condicionamento físico.

O pessoal saiu pedalando do hotel, por volta das 8:30, cruzou a cidade e seguiu por estradas vicinais de terra, com subidas e descidas na direção das cavernas de Pak Ou, até onde nos deixaram em Ban Pak Ou para pegar a canoa para cruzar o rio Mekong até as cavernas. Como nós, eles retornaram a cidade de barco depois de visitá-las.

Shangri Lao  – expedição de dia todo com elefantes:

A saída do hotel ocorre às 9:00 e retorno por volta das 15:00. Chegando  ao Shangri Lao Camp, é dada uma introdução sobre o programa e tem-se a possibilidade de conversar com o veterinário dos animais no seu hospital e alimentá-los. Depois é feito um passeio montado nos elefantes até as cachoeiras de Tad Sae, onde há tempo para banho e descanso. A seguir o grupo seguiu de barco de bambu até à sede do campo, onde é servido o almoço. Nesse tour é possível brincar mais com os animais, mas os meus amigos não gostaram muito da lambança que foi.

City Tour

Começamos o dia com a visita ao Palácio Real Haw Kham,  convertido em museu, que exibe os bens da antiga família real.

Depois visitamos alguns templos budistas:

Wat Visoun  – construído no século XVI e que hoje é  um pequeno museu de objetos religiososs;

Wat That Luang (monastério das grandes estupas) – neste complexo as cinzas do rei Sisavang Vong e seu irmão foram enterradas dentro da maior estupa, que foi erguida em 1910, sendo que a menor estupa data de 1820;

Wat Xieng Thong –  construído no século XVI, esse templo sintetisa toda elegância e graça da arquitetura da cidade.

Wat Mai – outro complexo de templos, onde se pode ter a oportunidade de observar os monges no seu dia a dia.

Depois de encerradas as visitas, tivemos a oportunidade de subir os 328 degraus até o topo do monte Phou Si, de onde se pode observar toda cidade. Esse ponto é muito procurado para se ver o por do sol com vista para os dois rios e montanhas de florestas que formam uma fronteira natural para Luang Prabang.

Toda as cidades do Sudeste Asiático despertam certo estranhamento, que se converte, na maioria das vezes, em encantamento. E em Luang Prabang não foi diferente.

Assim, no despedimos, ao menos por enquanto, dessa região e encerramos a nossa série com seis roteiros.

By | 2016-09-25T08:55:37+00:00 novembro 7th, 2014|Ásia, Sudeste Asiático|0 Comments

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