Novidades em New York City 2014/2015

Por Jaqueline Furrier,
Edição e revisão Mel Reis

Como NYC sempre tem novidades, a ideia deste post é dar foco a algumas coisas que estão acontecendo na cidade neste final de outono começo de inverno e, também, trazer as novidades gastronômicas que conferi na minha última estadia de 4 noites, de 21 a 24 de novembro de 2014.

Onde fiquei:

Fotos obtidas em: http://www.wnewyorktimessquare.com/gallery Acesso: 03.12.2014

Nunca tinha me hospedado na região da Times Square, mas a promoção do American Express Platinum, para o Hotel W (Broadway e 47th St), me convenceu a vencer o preconceito. A experiência, apesar de válida por conta da promoção, só confirmou que o local é bem desagradável, por conta do acúmulo de pessoas, trânsito parado e barulho incessante. Não digo desta água não beberei novamente, mas não recomendo de forma alguma ficar por lá, se puder evitar.

De qualquer modo, se tiver o cartão platinum, talvez valha a pena conferir a oferta para este e outros hotéis. Peguei uma promoção, cuja quarta noite era de graça e, assim, foi muito compensador pagar três diárias de USD 324 + taxas, incluindo café da manhã continental no quarto, free wi fi, late check out e um voucher de USD 100 para consumir no restaurante Blue Fin, que fica no térreo do hotel.

O quarto é bastante confortável, mas as toalhas são minúsculas, o que me aborrece muito. O bar do hotel é bem animado e me pareceu bom programa para os solteiros.

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Foto obtida em: http://www.wnewyorktimessquare.com/gallery Acesso: 03.12.2014

Como fui:

Cada vez mais está difícil conseguir uma passagem de executiva para NYC com milhas ou num preço moderado. O melhor que consegui desta vez foi ir via Toronto, com a Air Canada, pelo site expedia. Ao menos os horários são muito bons e não se perde muito tempo com conexão.

O voo sai de SP às 22h30 e chega no aeroporto de La Guardia, às 10h00 do dia seguinte. Na volta, sai as 18:30, também de La Guardia e a chegada em SP é as 11:50.

Como o controle de imigração dos EUA é feito em Toronto, não se perde tempo na chegada e, além disso, como o aeroporto é mais central do que os demais ajuda a ganhar tempo.

A classe business tem cadeiras que reclinam totalmente, formando uma cama flat e confortável. O serviço não tem nada de especial, mas é melhor do que a maioria das empresas que fazem esta rota.

É necessário visto de trânsito. O custo aproximado é de R$ 336,00, dependendo do dólar, e, embora trabalhoso, dá para fazer tudo pela internet sem despachantes, que cobram R$ 550,00 em média. Como tinham muitos brasileiros viajando de econômica no mesmo voo, imagino que deva ser possível conseguir boas tarifas também nesta classe de serviço.

O que vi::

A cidade está borbulhando com exposições para todos os gostos. Sobre a maioria delas, compartilhamos matérias jornalísticas aqui no blog. Não deixe de conferi-las.

Henri Matisse – The Cut-Outs, no MOMA: É com certeza a exposição mais badalada no momento e de fato imperdível. Focada nas colagens que o artista fez a partir do final dos anos 40, a mostra, que ocupa todo o 6º andar do museu, tem filas enormes e os ingressos vendidos para entradas a cada meia hora podem ser comprados pela internet.

Para melhor entender a importância desta fase do artista, baixe o aplicativo da mostra gratuitamente (não se esqueça o fone de ouvido) ou pegue também gratuitamente um áudio-guia no térreo do museu. Recebemos, também, por e-mail a sugestão de Anthony, que trabalha no site com informações sobre Henri Matisse, artigos sobre o artista e o seu acervo, não apenas a exposição citada acima. Vale a pena conferir. A exposição segue até 08.02.15.

Cubismo – Coleção de Leonard A.  Lauder, no Metropolitan Museum: Esta é a primeira mostra pública dessa coleção particular. Ao todo são 80 obras dos mais proeminentes artistas desse movimento do início do século XX.  A coleção engloba pinturas, colagens e desenhos de Georges Braque, Juan Gris, Fernand Leger e Pablo Picasso e pode ser vista até 16.02.15.

Madame CézanneMetropolitan Museum: Aproveitando a visita ao museu, vi a exposição de 24 retratos dos 28 que Cézanne pintou de Hortênsia, sua mulher e mãe de seu único filho. Vale conferir a mostra que segue até 15.03.15.

El Greco in New York – Metropolitan Museum: Outra mostra temporária que, embora pequena, traz um panorama da obra do pintor, fora do Museu do Prado. Foi montada em comemoração dos 400 anos de seu falecimento e segue até 01.02.15.

KandinskyMuseu Guggenheim: Essa pequena mostra, de uma sala apenas, traz obras do início do século XX, antes do artista passar para o neoimpressionismo. A exposição segue até a primavera de 2015.

ZERO: Countdown to Tomorrow, 1950s–60sMuseu Guggenheim: A exposição principal que ocupa todo o circuito em caracol do museu traz obras do Movimento Zero, um grupo de artistas de vários países que transformaram e redefiniram o conceito de arte após a II grande guerra. Até 07.01.2015.

Picasso&Jacqueline The Evolution of Style – Pace Gallery: Dividida em dois endereços dessa famosa galeria, a mostra segue apenas até 10.01.15, com desenhos, pinturas e esculturas feitas nas duas últimas décadas antes do falecimento do artista, tendo como tema sua mulher e musa.

Segundo a press release da galeria “essa mostra é a primeira a examinar a última transformação do estilo do artista exclusivamente nos retratos de Jacqueline, seu ultimo e talvez maior amor.” A mostra da galeria em Chealsea é maior e basicamente traz pinturas, enquanto que a da 57th St. tem mais desenhos. Ambas se complementam e valem a visita, cuja entrada é gratuita.

9/11 Memorial: O memorial e o museu inaugurados neste ano, onde se localizavam as torres gêmeas, alvo do ataque terrorista de 2001, ficaram muito interessantes e o complexo, que ocupa o local da catástrofe, conseguiu mostrar a tragédia dentro de seu contexto. Um lugar que já faz parte do circuito turístico  imperdível da cidade.

Duas exposições que não consegui ver, mas que merecem estar na lista de quem tiver mais tempo na cidade nos próximos três meses são: Treasures from India – Jewels from the Al-Thani Collection no Metropolitam Museum e a exposição Genesis do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, até 11.01.15, no International Center of Photografy.

O que assisti:

La Bohéme: Embora eu não seja uma conhecedora de ópera, esse é um programa que faço toda vez que estou em NYC durante a estação, que vai normalmente de outubro a maio.

O Metropolitan Opera, que fica no Lincoln Center, é uma das grandes salas do mundo para ópera, cuja produção sempre é impecável e traz os melhores cantores do gênero. Não deixe de ir nem eu seja por uma única vez na vida. Acredito que não vai se arrepender e fará um programa definitivamente newyorker. A sinopse com mais detalhes também está disponível em português. O La Bohéme vai até 24 de janeiro de 2015. Mas, a temporada 2014-15 reserva boas surpresas.

Não deixe de ver na praça central do Lincoln Center a instalação Solar Reserve, de John Gerrard

No outono e inverno ocorrem muitas estreias na cidade e teatro (Broadway e off Broadway) é uma boa opção aos manjados musicais. Eu prefiro e desta vez a peça escolhida foi The River, estrelada por Hugh Jackman. Eu gostei muito, mas há uma infinidade de opções. 

Confira o que está em cartaz em: http://www.broadway.com/. E compre ingressos com a maior antecedência possível.

Onde comi:

Como sou muito “novidadeira” e NYC sempre tem algo novo a apresentar, escolhi restaurantes basicamente onde nunca estive antes. As escolhas se deram pelo critério novidade para mim e também na lista das novidades do Michelin 2015, já compartilhada aqui no blog.

Não vejo muito sentido em repetir restaurantes quando viajo, pois acho que o melhor ainda não conheço. Não entendo bem quem vai a uma cidade como NYC e diz que não poder deixar de comer a sobremesa de tal lugar, se tem uma infinidade de sobremesas mais interessantes esperando para serem descobertas, mas cada um é cada um…

Minha dica é: seja curioso e inove.

Os jantares

Sotto (fotos acima): esse 2* Michelin, serve culinária japonesa de primeira no West Village. O local não tem nada de pretensioso, mas o chef é conhecido pela precisão que trata a matéria prima. Foi a refeição que mais gostei e foi uma pena não ter tido tempo para provar o menu de 16 pratos, devido o adiantado da hora. A nossa reserva era para as 23:00, pós opera, outra vantagem do lugar.

Telepan: este 1* do Upper West Side tem a sua frente o chef Bill Telepan, que após ter sido treinado na França, passou por diversos restaurantes conceituados da cidade. O ambiente é clássico e, embora o site diga apenas que a comida tem base em ingredientes frescos da região, tem forte acento italiano. Comemos muito bem, mas sem qualquer toque de surpresa.

Betony: esse novo 1* da cidade, foi inaugurado no início de 2013 e tem a sua frente o chef Brice Shunan, ex-sous-chef do 3* Eleven Madison. O ambiente é chique e badalado. Fica aberto até às 22:30, tarde para os padrões locais, mas achei o serviço afetado e o menu, embora a la carte, um pouco mais do mesmo que tenho provado nos restaurantes que servem comida contemporânea.

Luksus: outro novo estrelado (1*), fica no fundo do bar de cervejas Torst no Brooklyn. Num minúsculo ambiente despojado, o chef Daniel Burns, com longa experiência no restaurante Momofuko e como chef pastissier do NOMA, mostra uma cozinha escandinava de vanguarda que agrada foodies, mas talvez não faça a cabeça de muitos.

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Eu gostei mais pela experiência gastronômica, acompanhada apenas de degustação de cervejas, pois achei alguns pratos difíceis de apreciar. Recomendo só para aqueles que realmente gostam de provar coisas diferentes.

Os almoços

Juni (fotos acima): adorei o almoço nesse outro restuarante que ascendeu à lista dos estrelados em 2005 (1*). O restaurante, localizado no térreo do Hotel Chandler, tem a sua frente o premiado chef australiano Shaun Hergatt. O restaurante só trabalha com menus e os do almoço custam USD 32 (2 pratos), USD 39 (3 pratos) e USD 50 (5 pratos). A noite é um pouco mais caro (USD 90 e USD 120, para 4 ou 6 pratos), mas acho que teria aproveitado mais do que no Betony se tivesse ido para o jantar.

Tavern on The Green: este festejado restaurante ficou fechado por alguns anos e reabriu em 2014. A proposta atual (não conhecia a anterior) é de servir clássicos americanos, divididos em diversos menus que são servidos ao longo de todo dia. Eu fui de curiosa e por conta do blog, mas não faz minha cabeça. A comida não tem nada de especial e o local é barulhento. Se quiser conhecer, sugiro ir no meio da tarde para um café ou tarde da noite (fecha a 1:00) para um drink.

China Grillfazia muitos anos que eu não comia neste restaurante ao lado do MOMA e achei um pouco caído, ao menos num almoço de segunda feira. A ideia que eu tinha era de uma comida asiática mais inventiva, mas talvez seja eu que estou mais enjoada. De qualquer modo, ainda vale para um almoço sem pretensão, com serviço muito rápido.

Minetta Tavern: enfim consegui reserva neste bistrô francês, que desde de 2010 tem 1* Michelin. Aberto em 1937, em Greenwich Village, pelo mafioso Minetta Brook, já viu todo tipo de cozinha, até ser renovado e ter a sua frente o chef inglês Keith McNally, que, com seu irmão, detém muitos dos clássicos e festivos restaurantes de NYC, como Balthazar, Morandi, Patis, Luck Strike, entre outros. Eu adorei a comida e para mim dá de 10 a 0 no Balthazar, queridinho número 1 dos brasileiros. Tente conseguir uma mesa, não irá se arrepender.

Um passeio que não fiz: Alugar bicicleta e fazer o percurso guiado de duas horas pelo Central Park. As opções de horários, com saída do Tavern on the Green são: às 8:30, 10:30, 13:30 e 15:30.

No site do Bike and Roll, também é possível encontrar outros trajetos, como o que segue pela ponte do Brooklyn (Bike the Brooklyn Bridge), o Bike New York Harbor , pelo Memorial do 11 de setembro (9/11 Memorial) e também um à noite (New York at Night Tour). No mapa dá para ver melhor os caminhos. 

Bike Central Park Tour:
Distância: 6 milhas ou quase 10km
Dificuldade: moderada
Duração 2 horas
Saídas: 8:30am, 10:30am, 1:30pm, 3:30pm
Preço: Adultos – $40.00 | Crianças* – $25.00

Waterfront Central Park
Distância: 9 milhas ou 14km
Dificuldade: moderada
Duração: 2 a 3 horas
Saídas: 14h
Preço: Adultos – $50.00 | Crianças* – $35.00

Waterfront Brooklyn Bridge
Distance: 14 miles   |   Difficulty: Moderate
Duration: 3 hours
Departures: 10:00am
Price: Adults – $50.00

Bike the Brooklyn Bridge
Distance: 12 miles   |   Difficulty: Moderate
Duration: 3 hours
Departures: 2:00pm
Price: Adults – $50.00

Guided Bike & Boat
Distance: 9 miles   |   Difficulty: Easy
Duration: 3 hours
Departures: 9:30am
Price: Adults – $64.00 | Kids* – $49.00

9/11 Memorial
Distance: 8 miles   |   Difficulty: Easy
Duration: 3 hours
Departures: 1:30pm
Price: Adults – $59.00 | Kids* – $39.00

New York at Night Tour
Distance: 7 miles   |   Difficulty: Easy
Duration: 2.5 hours
Departures: 8:00pm
Price: Adults – $50.00 | Kids* – $35.00

By | 2016-09-25T09:06:18+00:00 dezembro 5th, 2014|Am. do Norte, Estados Unidos, Nova York|3 Comments

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3 Comments

  1. […] outra indicamos algumas aqui. Nós também já falamos sobre a cidade em três posts aqui no blog (Novidades em New York City 2014/2015,  Nova York fica ainda melhor com pausa para almoço e Como se fosse a minha primeira vez em […]

  2. […] boas críticas, os ingressos estão à venda até 22.02.15. Para saber mais sobre NYC, vá até o nosso post de […]

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