A capital do Estado de Illinois e terceira maior cidade dos Estados Unidos, onde eu havia estado há quase 20 anos, mais uma vez me encantou.
A cidade, conhecida por sua bela arquitetura, tem muito a oferecer e não me arrependi de deixar Nova York fora da minha programação anual de viagem. Sinceramente não acho comparável em termos de diversidade cultural, mas sem dúvida tem interessantes museus e atrações, bons restaurantes e compras, o que a torna uma ótima opção, principalmente para quem não tem paciência com a intermitência da Big Apple.
Estive lá de 10 a 16 de outubro de 2015, para acompanhar a maratona e comemorar o aniversário de uma amiga que participou da corrida. Estávamos numa turma grande, mas para garantir que meu marido, que voltou antes, conseguisse cobrir as principais atrações, as concentrei em três dias.
Para quem quer cobrir grande número de atrações, acho interessante comprar o Go Card Chicago ao invés do CityPass. Comprei um de 3 dias para o meu marido e um de 5 dias para mim e valeu muito pena, tanto quanto à economia, como para evitar filas.
O Go Card, além de incluir praticamente todas as atrações (são mais de 20), ainda inclui o 48h do BigBus Chicago (hop on hop off), três cruzeiros pela empresa Shoreline, locação de bike e outros tours de ônibus por bairros mais distantes, que não fiz.
A área central não é grande e se tiver pique pode percorrê-la a pé. Não deixe de visitar os diversos parques e caminhar ou pedalar a beira do lago Michigan para apreciar o skyline da cidade, que também é imperdível desde os passeios de barco.
Onde ficar:
A melhor área para se hospedar está no entorno da Michigan Avenue, também conhecido como Magnificient Mile, “que estende-se da ponte da Michigan Avenue (que cruza o rio Chicago) na Oak Street no bairro de Near North Side” (wikipédia).
Ficamos no Thompson Hotel, na esquina da Rush St. com a E Bellevue Pl. e adorei tanto a localização como o quarto. O hotel é moderno, no estilo que gosto, tem um bar e um restaurante, que além de badalado, é uma delícia. Super recomendo!
Nessa região também vai encontrar as melhores lojas e boas opções de restaurantes.
Onde comer:
A cidade tem muitas opções e é uma das cidades americanas queridinha dos foodies. Conta com dois restaurantes 3*, três 2*e dezessete 1*, além de diversos Bibi Gourmands (58) pelo Guia Michelin. No final do post, há um mapa com a localização de todos eles – os marcados com estrela são os 3*, aqueles assinalados com losango 2*, com círculo 1* e, os demais, são Bibi Gourmands ou citados em matérias já publicadas pelo blog.
Tentei provar um pouco de tudo, mas confesso que dessa vez gostei mais dos Bibi Gourmands do que dos estrelados.
Almoços
Blackbird – este restaurante 1* Michelin fica na West Randolph, uma região meio sem graça, mas cheia de excelentes opções gastronômicas. No almoço oferece um menu de três pratos por apenas USD 25, que consegue mostrar um pouco do talento do chef Ryan Pfeiffer. O cardápio do jantar é mais caro e é difícil de conseguir reserva. Programe-se, mas vale ligar de última hora sobre desistências.
Nico Osteria – agitadíssimo restaurante do Hotel Thompson serve comida italiana de primeira e vive lotado no almoço e no jantar (reserva essencial).
Sixteen – Este 2* fica no 16º andar do Hotel Trump de onde se tem uma bela vista do skyline da cidade. Foi de longe o ambiente mais sofisticado onde comemos. O menu de três pratos no almoço (USD 44) custa bem menos do que o jantar (USD 185), mas mesmo assim com os extras sai bem caro. Embora não dê para reclamar da comida, acho que não valeu a pena.
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The Purple Pig – outro agitado restaurante para almoço e jantar (aberto sem interrupção). A proposta são pratos para dividir. Como estávamos em um grupo grande, provamos vários e todos estavam excelentes. O preço também é muito bom. Há mesas comunitárias e filas imensas e não aceitam reservas, então, dependendo do horário prepare-se para aguardar. Diria que é um dos lugares imperdíveis da cidade.
Jantares
Alinea – o badalado restaurante 3* Michelin, nº 26 da lista the world 50 best, do chefe Grant Achatz foi um dos locais mais difíceis de reservar que já fui na vida. Na verdade, não há reserva propriamente dita e sim compra de tickets, que são disponibilizados de forma aleatória. A melhor forma de conseguir o ticket é curtindo a página do restaurante no facebook para receber o anúncio da abertura de vendas. Os tickets não são reembolsáveis em caso de cancelamento, mas é possível tentar revende-los. Aliás, os nossos foram comprados de pessoas que desistiram e revenderam seus lugares. Se não conseguir comprar pela página do restaurante, pode tentar a compra das desistências que sempre ocorrem com mais frequência um ou dois dias antes da data, mas com a taxa de intemediação o preço vai ser ainda mais caro.
Untitled Supper Club – o local é um mix de bar, restaurante e balada. Tem um palco onde músicos se revezam e depois se transforma em pista de dança. Às quintas-feiras há algumas apresentações de performances com um quê de erotismo (Unbridled Thursdays). Apesar do ambiente de bar a comida é bem boa e o restaurante funciona até tarde. No entanto, se quiser aproveitar os shows, tem que chegar mais cedo, pois se encerram por vota das 11h00, quando a pista de dança abre.
Girl & the Goat – outro local badalado na região de W Randolph Street. Também oferece pratos para dividir num ambiente que parece mais um bar do que um restaurante. Este Bibi Gourmand só abre para o jantar (a partir das 16h30) e sugere porções para dividir, que podem ser acompanhadas por cervejas especiais. Vive lotado e reservar é essencial.
Roof on the Wit – um roof top badalado no hotel do mesmo nome. Funciona também a partir das 4h30 e a noite o clima é sempre de festa. Fecha super tarde e tem uma vista urbana bem legal da cidade. Vale a pena ir para jantar ou somente para drinks.
Sepia – este 1* Michelin serve comida americana contemporânea sem invencionice. O ambiente é bem bonito e o serviço simpático. O menu é a la carte e pela qualidade e prêmios nem é caro. No menu do almoço há até sanduíches.
O que fazer:
A cidade oferece muitas opções para todos os gostos. Tem praia no verão, museus com coleções extraordinárias, boas compras e uma arquitetura belíssima, além de parques que parecem museus a céu aberto.
Com o GO Chicago cobrimos as principais atrações, mas se o tempo for corrido não perca o Instituto de Arte da cidade e o Parque Millenium, assim como não deixe de fazer ao menos um passeio de barco para apreciar o skyline e a arquitetura da cidade. Três tours de barco estão incluído no passe e fizemos os três.
Uma opção fora da área central da cidade é a visitação à Casa e Escritório do famoso arquiteto Frank Lloyd Wrigth localizada em Oak Park.
É um tour agradável para quem se interessa por arquitetura, mas não necessariamente arquiteto. Além do tour guiado (obrigatório), vale a pena alugar o audioguide para fazer o walking tour da Forest Av. (detalhes abaixo), onde há outras casas do arquiteto.
Outra atração que adultos e crianças parecem curtir é subir em observatório instalados no alto de prédios e Chicago tem duas atrações deste tipo: Sky Deck Chicago, que fica no 103º andar da Will Tower, antigamente chamado de Sears Tower e por anos o prédio mais alto dos EUA, onde há uma plataforma de vidro (The Ledge) que avança para fora do prédio; e também Chicago o 360 Chicago, no 94º andar do Edifício John Hancock, onde, além de apreciar a vista é possível experimentar o TILT (bloco de vidro que pende em direção à rua com 8 corajosos).
Bem mais distante e uma ótima atração para adultos e crianças é o Museu de Ciência e Indústria. O Big Bus não chega até lá, então é necessário ir de transporte público ou taxi. Fomos de bike e foi um dia incrível.
Aliás, Chicago é uma cidade “bike friendly” e tem uma ciclovia incrível que beira o lago. O Go Chicago dá direito a 4 horas de locação com a Bike and Roll Chicago, mas dá para ficar com a bike o dia todo pagando um pequeno valor adicional na hora da locação. Melhor do que usar a Bike Chicago, que tem aquele esquema de poder ficar com a magrela por apenas por 30min.
Se for com crianças ou se ainda há uma criança em você, vale a visita ao Adler Planetarium e ao Shedd Aquarium, que ficam bem próximos e podem ser vistos numa manhã ou tarde.
Para os pequenos há ainda outras atrações, que não fui, a exemplo do Brookfield Zoo, Legoland Discovery Center o Chicago Children’s Museum.
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