Países Baixos pedalando

Por Jaqueline Furrier – Colaboração Mel Reis

Há muitos anos planejava revisitar Amsterdã e conhecer um pouco do interior dos Países Baixos,  por nós também conhecido por Holanda, mas que na verdade é só um dos territórios do país.

Boa parte dos Países Baixos está abaixo do nível do mar, uma vez que em decorrência de um complexo de diques e barragens, conseguiram aumentar sua área em quase 50%.

Viajando pelo interior, como fizemos de bicicleta, entre os dias 23 e 26 de abril de 2017, depois de 3 dias em Amsterdã, percebe-se claramente a engenhosidade destas construções.

Vale muito a pena se aventurar para além da capital, principalmente se for na primavera, quando os campos de tulipas e outras flores estão floridos.

De bike, quase exclusivamente por ciclovias (são mais de 30mil quilômetros de ciclovias sinalizadas e praticamente sem qualquer tráfego), descemos do norte de Amsterdã até Haia, seguimos para o leste no sentido de Gouda e de lá novamente para sul, para cruzar a fronteira com a Bélgica e alcançarmos Bruges (temas de próximos posts).

A mesma viagem pode ser realizada de carro, mas sugiro que alugue bicicletas ao menos para visitar as plantações de flores próximas a Keukenhof ou para visitar os moinhos de Kinderdijk.

Neste post, traremos as atrações vistas durante a parte do pedal e, no próximo compartilharemos  as dicas de Amsterdã e Haia. Fizemos a viagem de bike pela Backroads.

Dia 1 – Pela manhã, saímos do centro de Amsterdã de ônibus, rumo ao norte até Alkmaar. De lá, seguimos por alguns campos entre canais e depois por dunas até o hotel, que fica na entrada do Parque Nacional Zuid-Kennemerland, a oeste de Amsterdã.

Neste dia, almoçamos num restaurante muito simpático em Egmond-Binnen, chamado Gasterij Nieuw Westert (site somente em Holandês). Confort food em um ambiente acolhedor de uma casa de fazenda do século 17.

A hospedagem e o jantar desta noite foi no Landgoed Duin & Kruidberg. O hotel está localizado numa fazenda histórica  e a casa de campo, quando construída no seculo XVII, era uma das maiores do país.

Os quartos são muito bons, amplos e com banheiros renovados. O jardim é belíssimo, assim como o restaurante Vriedren van Jacob, que ostenta 1* Michelin, onde jantamos.

O hotel ainda tem uma brasserie, onde é servido um menu mais casual e um farto café da manhã, com produtos de ótima qualidade.

Dia 2 Neste dia, nosso destino final era o famoso jardim Keukenhof e depois Haia. Começamos pedalando dentro do parque nacional até atingir uma via paralela ao Mar do Norte, passando por Zandvoort, uma cidade costeira de veraneio.

A praia de Zandevoort é cheia de simpáticos café/restaurantes/lounges na praia e fizemos uma parada no Tinj Akersloot.

Depois do trecho à beira mar, pedalamos por campos de flores que pareciam sem fim.

O almoço foi um piquenique preparado pela Backroads, servido numa estufa (greenhouse), Noordwijk Buiten, em Noordwig, próximo aos jardins de Keukenhof. Nesta greenhouse há um café que serve almoço as EU 17,50 e é possível comprar bulbos de tulipa, para serem enviadas para o país de origem do comprador, quando for a época da plantá-los.

Keukenhof  é o maior jardim de flores do mundo, mas só fica aberto durante um período da primavera. Em 2017, de 21.03 a 23.05.
O jardim fica aberto o dia todo e oferece várias experiências, inclusive para crianças. É possível passar o dia todo por lá. No estacionamento tem um quiosque de aluguel de bicicleta para visitar as plantações no entorno. Recomendo.

É possível acessar os jardins por meio de serviço público de ônibus, a partir do aeroporto de Amsterdã e das estações de trem de Haarlem e Leiden.

A GetYourGuide também oferece vários tours a partir de Amsterdã.

Depois de visitar os jardins, seguimos para a cidade de Haia, onde fizemos um walking tour no final da tarde e pernoitamos por duas noites (dicas no próximo post).

Dia 3 – Pela manhã um transfer nos levou para fora da cidade, próximo aos Moinhos de Kinderdijk, que são tombados como patrimônio da Unesco.

Os moinhos do século XVIII, construídos ao longo de um canal, serviam para drenar a água do mar e alguns deles até os anos 50 mantinham esta função. Um deles é aberto para visitação.

Depois de pedalarmos por entre eles e vistarmos  museu, seguimos por paisagens de cartão postal até a cidade de Gouda, famosa por seus queijos. Pena que não tivemos tempo de aproveitar mais a cidade, que é uma graça.

Neste dia, voltamos mais cedo para Haia para dar tempo de visitar seus museus.

Dia 4 – Logo de manhã, fomos levados para a província de Zeeland, a capital dos frutos do mar, onde, após pegarmos um ferry para Breskens, pegamos as bikes para seguir rumo a Bélgica. Pedalamos por propriedades rurais até a charmosa cidade de Sluis, na divisa com a Bélgica, onde almoçamos. Há vários simpáticos restaurantes e muitas lojas onde os belgas fazem compras por oferecerem preços mais em conta do que em seu país.

Nós almoçamos de frente para o canal no Kaai 10 e estava uma delícia. Na foto, estão as sugestões dos guias da Backroads.

A parte do pedal pela Bélgica será publicada em outro post, em conjunto com as dicas de Bruge, Antuérpia e Bruxelas, após o próximo, no qual traremos nossas dicas de Amsterdã e Haia. Aguardem!

By | 2017-06-19T16:00:04+00:00 junho 19th, 2017|Continentes, Europa|0 Comments

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