por Jaqueline Furrier
colaboração de Mel Reis
A cidade adorada pelos brasileiros em geral pode sempre ser explorada de um jeito peculiar e dicas nunca são demais, não é mesmo?
Como comentei nas outras postagens sobre a cidade, viajo para lá ao menos uma vez ao ano, desde 1995, e nunca me canso. Há muito não ficava uma semana, que foi o tempo de minha estadia na viagem realizada em novembro de 2013.
Por ser a primeira vez que fui depois de começar a escrever este blog, revisitei locais que há tempos não ia, assim como estive em outros que nem conhecia.
O mesmo aconteceu no quesito restaurante e entretenimento. Só fui a dois restaurantes, onde havia já estado e, além de ir à ópera, assisti a duas peças de teatro e um jogo de basquete.
Diferentemente das outras postagens, a ideia desta não é dar um roteiro e sim transmitir minhas impressões sobre os lugares que estive.
Sobre a hospedagem:
Depois de ter feito algumas reservas pelo Booking, e não estar convencida sobre o hotel escolhido, resolvi, uma semana antes de viajar, checar o serviço platinum do American Express. Esse serviço me ofereceu uma tarifa muito boa para o The London que, somada às amenidades, se revelou um excelente preço.
Foto retirada do Booking.com. Acesso em: 05.12.2013 |
A média da diária ficou em USD 515, com as taxas, e isso porque a reserva foi feita encima da hora. Nesse valor estava incluído, ainda, o farto e delicioso café da manhã para duas pessoas, cujo valor é de USD 28 por pessoa. Só isso já reduz a tarifa em mais de 10%, pois a maioria das tarifas não incluem essa refeição.
Mas não é só, o Amex ainda dá um crédito de USD 100 para consumo nos restaurantes do Hotel, que são comandados pelo prestigiado Gordon Ramsay. Outra amenidade muito bem vinda foi o late check out até as 16:00. Se tiver Amex platinum não deixe de conferir essa oferta na próxima viagem.
Se tivesse reservado com mais antecedência, tenho certeza de que teria conseguido preço ainda melhor. Para Nova York esse valor de tarifa é a média dos hotéis 4*, e o de The London está classificado em alguns sites como 4* e em outros como 5*.
Estrelas a parte, o hotel é muito bom e muito bem localizado (54th St. entre 6th Ave. e 7th Ave.). Todos os quartos são suítes de no mínimo 47m2, uma raridade para a cidade. Se ficar hospedado a partir do 26º andar terá vista livre para a cidade ou para o parque. O hotel tem decoração moderna e é bastante bonito e confortável. O serviço também é muito bom e eficiente. Não usei, contudo, o serviço de concierge.
Os dois restaurantes do hotel são badalados e muito bons. O Maze, onde é servido o café da manhã, é mais casual, mas nem por isso simples.
Serve almoço das 12:00 às 14:30, com opção de menu de três pratos por USD 29 (uma pechincha) e jantar das 17:00 às 23:00, sendo que das 17:00 às 18:30 serve menu pré-teatro por USD 29 (dois pratos) ou USD 42 (três pratos).
Eu almocei lá no dia do check out e estava muito bom. Foi uma ótima opção, pois fiz reserva para as 14:15 e quando terminei já estava no hotel para me preparar para check out. Sem contar que não paguei nada, pois o almoço, mesmo com uma taça de vinho, custou menos do que os USD 100 que tinha de crédito. O restaurante também é uma ótima opção para quem visita o MOMA, pois fica a apenas uma quadra desse museu.
O bar que fica na entrada do Maze funciona o dia todo e, além de bebidas, oferece alguns snacks. No horário da happy hour é o típico lugar para ver e ser visto.
O outro restaurante, Gordon Ramsay at The London, é bem mais formal e caro. Jantei lá há dois anos, quando tinha 2* Michelin (perdeu uma este ano). Lembro-me que gostei, mas não me surpreendeu como a casa principal do chef em Londres.
Foto retirada do http://www.thelondonnyc.com/gordonRamsay/. Acesso em: 05.12.2013. |
Restaurantes não faltam em NYC:
A escolha foi baseada na minha busca por novidade, no meu interesse por diversidade e também pela proximidade dos locais que estava visitando.
A cereja do bolo da viagem foi o jantar no The Chef´s Table at Brooklyn Fare, único 3* situado no Brooklyne um dos sete que a cidade sedia. Os outros são: Daniel, Eleven Madison Park, Jean-Georges, Le Bernardin, Masa e Per Se.
Esse restaurante era o único 3* da cidade que eu não havia estado. A minha curiosidade pela cozinha de Cesar Ramirez, mexicano, criado em Chicago, me fez ter coragem de sair de Manhattan à noite. Mais coragem ainda foi necessária para conseguir reservar dois dos dezoito lugares disponíveis para dois turnos de jantar, para duas ou quatro pessoas.
As reservas são abertas sempre as segundas-feiras, às 10:30, para uma semana dali a +/- um mês. Por exemplo: segunda (16.12) é possível reservar para 21 a 25 de janeiro. Os jantares são servidos sempre terças e quartas, às 7:00 e 7:45 (um grupo de 18 pessoas); e quintas a sábado às 6:00, 6:45, 9:30 e 9:55 (dois grupos de 18 pessoas).
É necessário ligar e se paga adiantado. O local é tão concorrido que depois de duas horas de ligações ininterruptas que não completavam (sempre ocupado), conseguimos a reserva para as 9:30 de uma sexta-feira.
Apesar da decoração despojada, o restaurante é bastante formal. Eu achei o ambiente frio. O fato de ser totalmente revestido de inox (cozinha, balcão e até o teto) deixa o local bastante impessoal. Tenho por mim que é proposital para que toda a atenção seja voltada aos vinte pequenos pratos apresentados com maestria e ritmo de uma orquestra bem ensaiada e extremamente afinada.
O chef tem o auxílio de apenas duas pessoas na cozinha propriamente dita e de mais três em torno do balcão. Uma somelier, uma maitre que apresenta os pratos e os retira, e um garçom, que traz e retira os talheres.
A parte salgada do cardápio, que segundo o site do restaurante varia diariamente, à exceção de um prato vegetariano (no dia era com trufas brancas) e de um Kobe bife, que finalizou o jantar, é toda voltado para peixes e frutos do mar. Eu achei todos os pratos deliciosos e impecáveis na execução, mas nenhum deles me surpreendeu por ser inusitado. Digo isto, porque quando faço reserva num restaurante muito conceituado sempre vou com a expectativa de ser surpreendida. É sempre essa possibilidade que atiça a minha curiosidade.
Dito isso, acho que só recomendaria a alguém que de fato se interessa por alta gastronomia e, como eu, tem alguém para ajudar na hora de se pendurar no telefone para reservar.
Outro restaurante gourmet visitado nessa viagem foi o Jungsik. A proposta é apresentar a comida coreana de uma forma moderna e achei sensacional. O chef coreano estudou nos Estados Unidos, trabalhou em renomadas casas de Nova York e da Espanha e abriu o seu primeiro restaurante em Seul em 2009, hoje considerado o melhor daquela cidade. Esse pode ser reservado pelo OpenTable.
A filial de Nova York, aberta em setembro de 2011, ganhou sua primeira estrela no guia Michelin de 2013 e sua segunda no recém-lançado guia de 2014. Aliás, único restaurante da cidade a ganhar uma estrela adicional e se juntar aos outros quatro dessa categoria (Atera, Marea, Ko-Momofuku e Soto). Vale checar o OpenTable para esses também. Alguns estão disponíveis.
Fomos numa noite de quarta-feira depois de ir ao teatro. Ter chegado tarde, às 22:00, atrapalhou um pouco, pois não nos animamos a pedir o menu degustação, que faria o jantar se estender muito. Nesse horário, o restaurante já estava com metade das mesas vazias, o que faz perder um pouco do charme do ambiente, que tem decoração sóbria e de classe.
Eu achei o serviço um pouco afetado, mas o cardápio, mesmo a la carte, é de fácil entendimento. Tem quatro propostas em cada categoria, colocadas em coluna: entrada, arroz/noodle, peixe/frutos do mar, carne e doce. A sugestão do maitre foi que pedíssemos um prato de cada coluna, mas eu e meu marido nos satisfizemos muito bem com três opções de meia porção de cada uma das colunas e uma de sobremesa dividida.
Achei a comida exótica, mas ao mesmo tempo compreensível. O preço pela categoria do lugar também surpreende. Se você gosta de provar coisas diferentes, não deixe de ir quando tiver oportunidade.
O jantar no Hakkasan, filial do famoso restaurante chinês de Londres, que estreou na cidade em 2012 e já ostenta 1* no Michelin 2014, foi um encontro com mais quatro amigas que estavam na cidade, o que foi ótimo, pois pedimos vários pratos para compartilhar, que é a melhor opção para se prova a culinária chinesa. Todos estavam deliciosos, em especial o pato de Pequim.
Foto retirada do http://ny.eater.com/tags/hakkasan. Acesso em: 05.12.2013. |
Como a matriz, o lugar é mega em todos os sentidos. Possui diversos ambientes, com decoração de cair o queixo e música alta. Bom também para ver e ser visto! Contudo, como fomos num domingo à noite, não estava lotado.
Outra tentativa estrelada (1*) foi o estreante Neozelandês The Musket Room, em Nolita. O chefe faz uma cozinha moderna que pretende mostrar a evolução culinária de sua terra, desde o tradicional, passando pela influência asiática e a cozinha de mercado. Tem uma decoração rústica e foi por nós escolhido porque às sextas e aos sábados serve até a meia noite. Atenção: só abre para o jantar.
Chegamos às 22:30 e, ainda, estava lotado. O serviço foi atencioso, mas no começo um pouco atrapalhado. O ambiente é descontraído e tem um bar descolado. Eu gostei bastante e acho que tem a cara de downtown.
Foto retirada do http://notesonacity.tumblr.com/post/51819574427/a-new-nook-looking-for-a-hot-new-dinner-date Acesso em: 05.12.2013. |
Revistei o A Voce do Columbus Circle, dessa vez no jantar, e confirmei que se trata de uma ótima opção na região. Fomos numa terça-feira e estava lotado. Gente bonita, vista privilegiada do Central Park e boa comida (1*) por um preço honesto fazem desse restaurante italiano uma excelente escolha sempre.
Foto retirada do http://www.nycgo.com/venues/a-voce-columbus Acesso em: 05.12.2013. |
Foto retirada do http://perlanyc.com/#/home
Acesso em: 05.12.2013. |
Os outros dois jantares foram no Perla e no Willow Road, ambos na linha gastro-bar. O primeiro, inaugurado em 2012, está localizado no Village e tem inspiração italiana.
A cozinha é comandada por Michael Toscano, que foi por anos sous-chef do Babbo e chefe do Manzo, e é bem difícil de conseguir reserva. Fui numa quinta às 10:30 e tinha alguns lugares disponíveis.
Acho que dá para ir sem reservar se for mais tarde. Boa opção para os notívagos, pois de quinta a sábado fecha a meia noite.
O Willow Road, que fica em Chelsea, também serve jantar até a meia noite de quinta a sábado. Fui numa segunda-feira e estava quase vazio. O menu, voltado para a cozinha americana moderna, é bem eclético e todos os pratos que provei, dividindo com um amigo local que me apresentou o lugar, estavam saborosos.
Foto retirada do http://willowroadnyc.com/ Acesso em: 05.12.2013. |
Os locais onde almoçamos foram escolhidos pela proximidade de onde estávamos, como sugeri na postagem de 17 de maio de 2013. O primeiro foi uma segunda visita ao The Modern, que fica dentro do MOMA. Fomos sem reserva no dia que chegamos e, por isso, fomos acomodados no bar. A cozinha contemporânea, 1* Michelin, é excelente, mas cara. Abaixo cheque o que está rolando no MOMA.
Foto retirada do http://www.nytimes.com/2005/05/04/dining/reviews/04rest.html?pagewanted=all&_r=0 Acesso em: 05.12.2013. |
No dia seguinte, almoçamos no Untitled, que fica no interior do Whitney Museum. O restaurante é um típico coffee shop nova-iorquino e é considerado Bibi Gourmand pelo guia Michelin. Embora o ambiente seja despojado e o menu composto de pratos simples, basicamente saladas e sanduíches, percebe-se que não tem nada de amador.
Foto retirada do http://www.wmagazine.com/culture/art-and-design/2011/03/untitled-at-the-whitney/ Acesso em: 05.12.2013. |
E nem poderia ser. O restaurante pertence aos mesmos donos do The Modern entre outros e o chef já trabalhou no “queridinho” Gramercy Tarvern, no Café Boulud, Aureole e Saul. Dizem que servem um dos melhores café da manhã/brunch da cidade. Dá para ir mesmo que não for ao museu, mas acho que não deveria perder a oportunidade de conhecer ambos os lugares. Foi o que fizemos, veja abaixo.
O almoço do terceiro dia foi no The Standard Grill, restaurante situado no térreo do badalado hotel do mesmo nome, localizado em Chelsea. Fomos lá, já no meio da tarde, depois de visitarmos o The Intrepid Museum. A escolha se deu justamente pela proximidade dessa atração e porque o restaurante serve almoço até as 16:00. Embora tenha boas avaliações da crítica e tenha sido recomendado por amigos, achei bem fraco, nos quesitos comida e serviço. Não há dúvidas de que é um hit, mas dentro da mesma proposta, na região, acho o Pastis bem melhor.
Foto retirada do http://www.thestandardgrill.com/ Acesso em: 05.12.2013. |
Como o sábado foi dedicado às compras e estávamos próximos ao Lincoln Center a escolha foi o Boulud Sud, já citado em outro post sobre a cidade. Esse restaurante, um dos muitos do estrelado chef Daniel Boulud, tem inspiração mediterrânea e mesmo nos finais de semana tem menus de almoço e brunch com preço tentador. Ir a quaisquer dos restaurantes desse chef é escolha certa.
Foto retirada do http://www.danielboulud.com/restaurants/ Acesso em: 05.12.2013. |
No domingo a escolha foi pelo brunch do Dovetail (1*) do prestigiado chef John Fraser que, antes de abrir esse restaurante em 2007, passou pelo French Laundry (Napa Valley), Tallievant e Maison Blanche (Paris). Só abre no horário do almoço aos domingos para o brunch, das 11:30 às 2:00. Pelo preço de USD 32, são servidas seis pequeninas entradas e três sobremesas idem, além de um prato principal a escolher entre dez opções, que dão uma amostra da proposta de servir a cozinha americana contemporânea, feita com ingredientes selecionados diretamente de pequenos produtores. Está na lista para voltar no jantar e é uma excelente opção para o brunch do domingo, principalmente se for visitar o Museu de História Natural, que fica a poucos metros.
Foto retirada do http://dovetailnyc.com/portfolio-item/restaurant/ Acesso em: 05.12.2013. |
Na segunda-feira, como fui ao Woodburry (ler abaixo) e fiquei sem almoçar.
Na terça-feira, encontrei uma amiga querida, que estava de passagem na cidade, e almoçamos no The Breslin, outro gastrobar badalado e excelente opção para aqueles que querem almoçar e jantar tarde. No almoço, serve até às 16:00 e no jantar até a meia noite. É comandado pelo chef April Bloomfiel, também a frente do Spotted Pig, sendo que em ambos ostentam 1* Michelin. Comida para quem não pensa em regime. Eu comi um hambúrguer de carne de carneiro que estava ótimo!
http://www.nytimes.com/2010/01/13/dining/reviews/13rest.html |
Museus visitados:
Mesmo quem vai sempre à cidade, tem algo que nunca fez ou fez há muito tempo. Nessa viagem estive pela primeira vez no The Intrepid, Sea, Air&Space Museum e fiquei impressionada. É uma ótima opção se estiver viajando com crianças e se tiver interesse nos temas não deixe de ir.
O museu teve início com a aquisição do porta-aviões Intrepid, que foi usado na segunda guerra mundial na guerra do Vietnã. O porta-aviões funciona como espaço para o museu e, portanto, se percorre quase todos os seus ambientes e um dos andares internos traz exposições de artefatos relacionados aos temas explorados e tem, ainda, um pequeno cinema que conta a história do museu e dois simuladores.
No deck superior, onde fica a pista de decolagem e aterragem estão expostos 27 aviões e helicópteros de guerra das mais diversas nacionalidades. Também nesse deck está localizado o Pavilhão Espacial que abriga a Enterprise, primeiro ônibus espacial da NASA.
No píer na entrada do museu ainda abriga um avião Concorde, no qual se pode entrar em visitas guiadas, e o submarino nuclear Growler, usado pelos Estados Unidos durante a guerra fria. Eu achei a visita ao Growler claustrofóbica, mas é interessante. Levamos umas três horas para percorrer todo o museu e não vimos tudo detidamente. Como certeza, pode-se perde um dia todo por lá. Não deixe de pegar o “audio-guide”, que está incluído no preço da entrada e planeje sua ida para ter tempo suficiente de ver tudo que lhe interessar.
Também gostei muito de ter ido ao Whitney Museum of American Art, onde só havia estado uma vez há muitos anos. O museu é dedicado a artistas americanos dos séculos XX e XXI e por ter uma imensa coleção, não há exposição permanente e sim exposições temporárias, que mostram partes do acervo, ou exposições que incluem obras do próprio museu ou de terceiros. Ou seja, pode-se ir lá várias vezes em um ano e se verá um museu diferente.
Dentre aquelas expostas em seus cinco pavimentos, a que mais gostei foi a chamada “American legends: From Calder to O’Keeffe”, pena que termina em 22.12.13. O museu ainda abriga uma Bienal de artes e a próxima será de 07.03. a 25.05.14. Situado hoje na Madison Ave. (entre 74th St. e 75th St) terá um novo prédio em Downtown em 2015.
No mesmo dia que visitamos o Whitney Museum, fomos à Frick Collection, que está bem próximo. A entrada se dá pela 70th St., esquina com a 5th Ave. Embora nesse museu eu tenha ido algumas vezes, pela primeira vez assisti o filme sobre a sua fundação e fiquei surpresa em saber como isso se deu. Até o dia 19.01.13 traz uma exposição temporária com obras primas do Museu Mauritshuis de Haya, entre ela a Moça com Brinco de Pérola de Johannes Vermeer. Por ser relativamente visitamos todo o espaço, que é a casa de seu fundador com todos os seus pertences, que incluem desde obras de arte dos grandes pintores europeus até móveis e porcelanas finas dos séculos XVII e XIX.
Estivemos ainda no MOMA – The Museum of Modern Arte no Metropolitam Museumof Art, mas só para visitar as exposições temporárias, que é o faço na maioria das vezes que lá vou. Quando muito visito uma sala ou espaço em especial da exposição permanente, para não ficar cansativo.
Ambos abrem todos os dias da semana e não podem deixar de serem visitados se estiver pela primeira vez na cidade. Reserve ao menos um dia para o Metropolitan e meio para o MOMA se for sua primeira visita.No Metropolitan a exposição “Silla, Korea’s Golden Kingdom” vai até 23.02.14 e é imperdível.
No MOMA as exposições “American Modern: Hopper to O’Keeffe” e “Margritte: The Mystery of the Ordinary” são ótimas pedidas para quem vistar a cidade até final de janeiro de 2014.
Diversão noturna:
Sempre gosto de ir à cidade entre o outono e a primavera, pois é a época da temporada de ópera do The Metropolitan Opera. Recomendo mesmo para quem não curte o gênero, pois a encenações são um espetáculo que merece ser visto ao menos uma vez. Sem contar que todo o corpo de artistas é de primeira linha e tem grandes cantores do gênero na maioria das apresentações.
Dessa vez, tive oportunidade de ver uma peça moderna “Two Boys” e foi fantástico. As entradas podem ser compradas pelo site, mas é bom fazer com antecedência, pois os ingressos esgotam com facilidade logo que são abertos para o público, em geral isso se dá no início de agosto. Antes são disponíveis ingressos apenas aos interessados em fazer assinaturas para a temporada.
Fomos também assistir a duas peças de teatro: The Commons of Pensacola e Betrayal, ambas com ingressos concorridos. A primeira, escrita por Amanda Peet e estrelada por Sarah Jessica Parker, fica em cartaz até 26.01.14 e, a outra, que tem Daniel Craig e Rachel Weisz como estrelas, terá sua temporada encerrada em 05.01.14.
Achei as duas legais, mas nada de especial ou imperdível. O que eu gostaria de registrar como dica é são dois sites confiáveis para comprar ingressos esgotados ou com poucas alternativas boas. Apesar do ágio sobre preço de bilheteria, acho uma aposta válida se não se consegue comprar antes de esgotar. Eu usei o http://www.ticketsnow.com/, para conseguir os tickets para Betrayal e descobri que o Ticket Master tem uma janela somente para revenda de tickets de eventos esportivos, procure pela janela “resale”.
Outra atração foi ter ido a um jogo de basquete no Madison Square Garden. Assistimos a um jogo da NBA – Knicks x Atlanta Hawkse e achei muito divertido, mesmo não sendo basquete um esporte que eu adore ou entenda. É uma festa com apresentações musicais e de danças nos intervalos. É um programa típico americano que vale ser feito.
Compras:
Estou longe de ser a melhor pessoa para falar de compras, mesmo que não seja possível ir a Nova Iorque deixar de fazer muitas compras.
Aqui vou falar apenas da minhas impressões sobre o Woodburry, onde estive pela primeira vez. Esse outlet muito visitado por brasileiros fica a uma hora e meia de Manhattan e tem opções de compras que variam de lojas mais populares como GAP e LEVIS até sofisticadas como Prada, Tods e Jimmy Choo. Também tem todas aquelas lojas que mamães e futuras mamães sempre procuram: Carter’s, Oshkosh e Gymboree.
Embora a melhor maneira de ir, principalmente se estiver em mais de três pessoas, seja com choffer particular, há opções de ônibus e Van coletivas que me pareceram bem viáveis (consulte todas as opções no site).
O bom de ir com um carro particular é ter flexibilidade no horário e poder deixar as compras no carro. De qualquer maneira isto pode nem sempre ser viável, pois o local é imenso e ter que ir ao estacionamento depois de poucas lojas vai ficar bastante cansativo.
Amigas foram com o brasileiro Luis Ribeiro (ribeiroluis@live.com) que cobrou USD 300 para 8 horas de compras. Elas gostaram do serviço. Ele também faz traslados doe ida e vota dos aeroportos, por USD 80,00+estacionamento (+ ou – de 4,00 a 12,00).
Como fui sozinha, fiz a reserva pela Woodbury Bus, que me pegou no hotel as 8:00 da manhã e regressa às 17:00. Essa empresa oferece também opção de saída ás 10:00, mas o retorno é sempre no mesmo horário.
Aluguei um locker por UDS 10 que, por ter localização central, foi útil para deixar as compras quando pesavam. Se preferir pode alugar um carrinho de compras por USD 5, mas aí terá que andar com ele pelas lojas e as mais sofisticadas não permitem a entrada.
Esqueça almoço. As opções são todas de quinta categoria. O melhor que vai conseguir é um sanduíche, apenas comível, no Au Bon Pain.
Acho que vale a pena consultar o site e ver a lojas que tem interesse e um plano para percorrer o mall, caso contrário ficará muio cansativo. Ou fazer uma lista do que de fato gostaria, pois a tentação em razão do bom preço pode acabar no consumo de muito mais do que se planejou.
Também penso que mais vale procurar produtos de lojas nas quais normalmente não compraria pelos preços caros do que ir àquelas que já são baratas ou nas quais sempre há alguma liquidação acontecendo, à exemplo da GAP. Não vejo muito sentido sair de Manhattan e ir tão longe para comprar por USD 10, peças de USD 20.
Outra dica que é ir no começo da semana, segunda-feira ou terça-feira, pois é menos cheio.Eu fui recomendada a não ir numa segunda-feira, porque seria dia de reposição, mas teimosamente não me intimidei. Confesso que não notei falta de nada e nem pessoas fazendo reposição, sem contar que estava vazio. São tantas lojas e tantas mercadorias que não vejo como se perceber que falta algo.
Espero que este post, em conjunto com os outros sobre Nova York, desperte seu interesse em conhecer ou voltar à cidade.
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