por Jaqueline Furrier
colaboração Mel Reis
Nesta terceira e última postagem sobre o Vietnã, vamos percorrer a região central do país, próxima ao paralelo 17, zona desmilitarizada, da época de sua divisão após a retirada dos franceses, em 1954. Nossa viagem se deu pelo seu interior rural e pela costa do Mar Meridional da China, parte do Oceano Pacífico que vai desde Singapura até o estreito de Taiwan.
A região, no entorno de Hué e de lá até Hoi An, foi percorrida de bicicleta, num grupo de 21 amigos. Somente três pessoas do total de 24 viajantes, incluindo minha filha de 5 anos, não participaram do programa comprado com a operadora americana Backroads, especializada e passeios de bicicleta pelo mundo. Na região, a Backroads tem o apoio local da Trails of Indochina, que foi responsável por praticamente todas as reservas do grupo, fora do programa de pedal.
Como já comentei em outras postagens, faço viagens, praticamente anuais, com a Backroads, mas essa foi a primeira em um grupo privado, que ajudei a organizar.
Foi bem legal fazer a viagem com amigos, em número suficiente para que a viagem tivesse o mesmo custo dos programas abertos, mas de modo algum acho isso essencial.
Já fiz viagens somente eu e meu marido, mas também Ja fiz viagens de bicicleta com mais dois a doze amigos, em grupos abertos, e sempre funcionou muito bem. Você tem liberdade para pedalar quanto quiser no ritmo que quiser e sempre encontra pessoas interessantes. Eu já escrevi antes e reafirmo- vale muito a pena! Nem bem voltei e já comprei um programa para a Borgonha, em setembro deste ano. Dentre os que foram ao Vietnã, viajar de bicicleta era novidade para oito pessoas. Todos gostaram muito e estão programando a próxima.
A Backroads e outras operadoras de passeios de bicicleta organizam viagens privadas e tailor made para muitos recantos mundo afora, mas para que o preço não saísse do controle, de início optamos por adquirir o programa regular, só escolhendo a data de início que era mais conveniente para o grupo. A partir de 12 pessoas é possível montar um grupo privado pelo mesmo preço do catálogo. Eu acho que até 8 pessoas é viável contratar a viagem privada se isto for relevante para o grupo. Para um grupo de 11 ou 12 pessoas custará, aproximadamente, 10% a mais do que o preço do catálogo e em 8 ou 9, 20%.
Nós mesmos, começamos com um grupo certo de 12 pessoas e os demais foram se juntando depois. A programação começou em março, para viajarmos em dezembro, pois na alta temporada, as reservas, principalmente para grupos, devem ser feitas com muita antecedência.
A forma de cobrança para o grupo é basicamente a mesma da viagem aberta – paga-se USD 600 para reservar o lugar e o restante é pago 90 dias antes do início. O valor da entrada não é reembolsável, mas, se for necessário cancelar, o crédito ficará para outra viagem e não expira. Também é possível transferir o crédito para outra pessoa. Depois do pagamento final, as penalidades para cancelamento são altas e é conveniente comprar um seguro de cancelamento, que, no caso da Backroads, é vendido para não residentes nos EUA, pela Travelex. O seguro custa mais ou menos 5% do valor da viagem.
Normalmente as viagens de bicicleta não passam por cidades grandes e sim pelo interior dos países e, sempre que possível, por estradas vicinais.
O programa que fizemos foi de 9 dias (8 noites). Foram 5 noites no Vietnã e 3 noites no Camboja, tema da próxima postagem. Teve como exceção um primeiro dia de sigthseeing em Hanoi, que fez parte do post de 31 de janeiro.
Para ver os posts anteriores sobre essas férias, clique:
Dubai
Saigon e Hanói
Ha Long Bay
O pacote da Backroads, ao custo de USD 5980, começou em Hanoi, em 29.12.13, a tempo para que oito amigos que passaram o Natal no Brasil chegassem, e terminou no dia 06.01.14, em Seam Reap, no Camboja. Essa viagem é muito boa para iniciantes, pois é bastante plana e os percursos não são longos. No valor do pacote estão incluídas as 8 noites de hotel, todas as refeições com exceção de um almoço e um jantar, os dois trechos aéreos e, lógico, toda a logística com as bicicletas.
O Pedal
Inciamos o pedal no segundo dia, quando partimos muito cedo de Hanoi para Hué. O voo saiu às 8:30. E fomos orientados a irmos vestidos com roupa para pedalar ou levá-las na mala de mão, pois começaríamos a pedalar a partir do aeroporto de Hué.
Pousamos por volta das 9:30 e encontramos as nossas bicicletas do lado de fora do saguão do aeroporto. As malas foram enviadas para o hotel e, depois de mais ou menos uma hora ajustando as bicicletas e recebendo orientações de como pedalar com segurança pelo Vietnã, estávamos prontos para iniciar viagem.
O nosso destino era o Hotel La Residence, instalado na antiga casa do governador francês, em Hué. O hotel, situado às margens do Rio Perfume, tem estilo e decoração art dèco com toques vietnamitas e está muito bem conservado. Tem uma piscina belíssima e um SPA ótimo, aliás, difícil dizer qual o melhor SPA da viagem.
O passeio de bicicleta não se limita só a ir de um local para outro, mas sim explorar a região. Assim, do aeroporto, seguimos para um percurso de 20.2 Km até o local do almoço e depois a opção era de mais 28 km até o hotel.
Toda a região no entorno de Hué, capital imperial do país entre 1802 e 1945, quando o último imperador, Bao Dao, entregou o poder aos Viet Minh, é rica em túmulos e templos imperiais e familiares. Os túmulos e templos familiares podem estar agrupados em cemitérios, mas estão também dispersos no meio de vilas, em pequenas propriedades rurais etc… Estão praticamente por todo o canto e impressionam tanto pela singularidade como pela beleza. É comum ver templos familiares enormes e muito ornamentados ao lado de casas bastante simples, algumas paupérrimas. A ideia parece ser investir no lugar onde se passará a eternidade onde se morará durante esta vida.
Logo na saída do aeroporto já nos deparamos com um desses enormes cemitérios.
A seguir, pedalamos por meio de plantações de arroz em áreas alagadas, cruzamos a imensa lagoa Tam Giang, próxima da qual nos deparamos por diversas vezes com rebanhos de búfalos.
Por todo o caminho, por pequenas estradas, com muito pouco trânsito, na grande maioria restrita para motos e bicicletas, nos deparamos com o tempo todo com túmulos e templos entre pequenas vilas.
A maior parte do percurso era plana e, somente muito próximo ao local do almoço, houve uma pequena subida do alto da qual se tinha uma bela vista de uma praia com vários barcos locais. Pena que o tempo não ajudou muito…
O almoço foi servido num café em frente a uma plantação de arroz, mas toda a comida foi providenciada pela Backroads e apenas servida ali, então não dá para recomendar.
Depois do almoço, a opção era de mais 28 km ou regressar ao hotel de van. Eu fui pedalando e acho que só valeram a pena os 14 km primeiros dessa etapa, pois a parte final pela periferia de Hué não foi nada agradável.
A parte mais bonita dessa tarde foi a que compreendeu os primeiros 7 km. Seguimos por uns 5km pedalando ao lado de uma extensa plantação de arroz até a pequena cidade Phu Hai e 1.2 km depois passamos pela Cidade do Mortos, um enorme cemitério com uma túmulos coloridos a perder de vista.
Depois disso a estrada ficou mais movimentada e logo depois já se estava na preferiria de Hué. Portanto, pedalar nesta parte foi mais por fazer esporte do que pelo visual.
Importante notar que durante o dia todo não vimos um único turista sequer e, depois, pesquisando na agência de turismo do hotel La Residence, pude me certificar de que realmente essa área rural e cheia de túmulos familiares não é explorada turisticamente – ponto para a Backroads!
Ao entrarmos na parte central de Hué, pedalamos por uma avenida às margens do Rio Perfume bastante arborizada e, apesar do trânsito, bastante agradável.
Nesse final de tarde, relaxamos no hotel e lá jantamos. Embora incluído no pacote da Backroads, o jantar não era em grupo. Cada um podia jantar quando quisesse no restaurante do hotel. Aproveitei para jantar cedo com minha filha e descansar do longo dia, afinal no dia seguinte era passagem de ano.
O único restaurante do hotel serve o jantar no sistema buffet e a la carte. Eu me aventurei no buffet e achei bem fraco. Os amigos que pediram a la carte gostaram.
A véspera do ano novo foi bastante movimentada. Saímos do hotel pedalando, às 9:00, para um percurso de 30 km que nos permitiu observar muitas facetas do cotidiano dos vietnamitas. Passamos por partes mais “contemporâneas” da cidade e também por pequenas vilas pastorais, cercadas de florestas de pinheiros e também pelos excessos e grandiosidade dos túmulos imperiais.
Os primeiros 2 km até cruzar o Rio Perfume e adentrar na parte fortificada da cidade (Cidadela) foram de pura aventura entre uma multidão de vespas e motos. No início sente-se um pouco desorientado, mas aqui também vale a regra do pedestre – siga o fluxo e não pare, os demais desviarão!
O caminho seguiu por dentro dos muros da cidadela e os da cidadela cidade proibida (ver abaixo), por mais 4km. Depois, seguimos por uma parte rural próxima à cidade, pela margem do Rio Bach Yen, onde vimos extração de areia de uma forma bem rudimentar.
Depois, alcançarmos parte norte do Rio Perfume, próximo à Pagoda Thien Mu, localizada na vila de Huong Long e também conhecida como a Pagoda da Fada do Céu, pois diz a lenda que no seu local foi visto uma mulher que disse que deus iria construir ali uma pagoda para trazer prosperidade ao país. Construída em 1601 é uma das mais antigas de Hué e a sua torre, de 1884, uma das mais altas do país e simbolo oficial da cidade.
Nesse ponto, após 19.9km deixamos nossas bikes com o pessoal de apoio e embarcamos num barco típico chamado Dragão para um cruzeiro de aproximadamente 0h40min pelo Rio Perfume.
Quando chegamos ao outro lado do rio, nossas bicicletas nos esperavam para mais 12 km até o
túmulo imperial de Khai Dim.
O percurso foi por áreas rurais e por pequenas vilas, sendo que depois de 5km paramos em num local, na vila de Phu Cam, onde se fabrica incenso. Muito interessante o processo e, mais ainda, a agilidade do artesão, que faz uma média de dois mil incensos por dia.
Essa vila é famosa também pela fabricação dos cônicos e tracionais chapéus que trazem poemas escritos – non bai tho .
De lá foram mais 9km até o túmulo imperial de Khai Dim, onde fizemos uma visita guiada. Esse mausoléu é um dos principais túmulos imperiais, cuja construção iniciou-se em 1920 e foi concluída em 1931.
Quase que inteiramente feito de concreto, a arquitetura mistura estilo asiático e europeu que acaba em um estilo único um tanto exagerado, mas bonito.
Depois de despendermos quase uma hora visitando o local e apreciando os detalhes, pedalamos apenas pouco mais de 1km até o restaurante Thao Nhi, onde almoçamos.
O local é muito bonito e a comida estava deliciosa. Vale a pena agendar a visita ao mausoléu num horário próximo ao almoço, para poder comer no local. O nosso almoço foi particularmente gostoso, pois os guias ainda nos surpreenderam com um pequeno show de música tradicional.
De volta à cidade de van, fomos diretamente para a cidade proibida, tomada pela Unesco, para uma visita guiada pelo sempre presente Dragon,+84913515369
(ver detalhes sobre esse ótimo guia na postagem de Hanói).
O complexo da cidadela, aos moldes da arquitetura feudal do oriente, mostra o apogeu do regime feudal no Vietnã. A parte central da cidadela, chamada de cidade proibida (como Pequim) reservada somente a família real. Era formada por 40 prédios, mas foi praticamente destruída, restando apenas ruínas e uma fonte. O prédio mais visitado já restaurado é Palácio Thai Hoa, que era usado pelo imperador em recepções oficiais.
Esse é o programa número 1 da cidade e dá uma boa visão histórica do país.
De volta ao hotel, ainda houve tempo para nos preparamos (eu fiz uma massagem) para o jantar, que foi na casa do Sr. Vinh, neto de um mandarim. A casa é uma construção típica das casas dos mandarins no início do século XX e o local onde se faz as refeições é totalmente aberto para um jardim cheio de orquídeas, bonsais e pequenos lagos com lótus, todo iluminado com velas. Para reservas contate diretamente o Sr. Vinh pelo email (camtrit@gmail.com) ou pelo telefone (54 3527810).
O lugar é incrível, mas como não é propriamente um restaurante é necessário agendar com antecedência e de preferência em grupo. O local estava fechado somente para o nosso grupo e foi servida uma refeição de nove pratos.
O menu, escrito em um leque, era um charme.A mulher do Sr. Vinh é quem prepara a comida e ele muito tímido, mas atencioso, cuida do salão com o auxílio de duas pessoas, e nos mostrou tudo, contando um pouco da história do local, restaurado por ele, que é arquiteto. As casas jardins como a do Sr. Vinh são encontradas apenas em Hué e estão ligadas a família imperial e seus altos oficiais.
Regressamos ao hotel por volta das 23:30, a tempo aproveitarmos a festa de Réveillon. Aliás, acho que sem o nosso grupo a festa não teria sido tão animada.
O hotel preparou uma festa que teve início às 20:00 com a dança do dragão, que vimos antes de sair para o jantar na casa do Sr.Vinh, coquetel, apresentação de música clássica, jantar servido em um bufê enorme e DJ ao final.
Chegamos para a parte final e acabou sendo divertido animar a festa. O subgerente do hotel, Sérgio, que é brasileiro, nos recepcionou muito bem, não nos cobrou rolha pelos champanhes que levamos e, ainda, agradeceu nossa animação. Veja o simpático e-mail que nos enviou:
“Vocês foram embora ontem, mas eu já fiquei com saudades.
Espero que o passeio siga bem, e que o ano seja bem positivo para todos.
Aqui tem feito sol todos os dias, e a temperatura subiu um pouquinho.
A festa de reveillon já virou uma “lenda” por aqui pela animação da turma brasileira, coisa jamais vista antes por essas bandas.
Pode dizer pra Vitória e pra Angela que foi um prazer enorme jantar com elas, e que o pessoal do restaurante ainda hoje pergunta se é pra colocar mais chocolate na fonte.
A foto que prometi vai em anexo, espero que vocês gostem!
Grande Abraço,
Sergio”
Curiosamente e tristemente, após a contagem regressiva não há fogos de artifício, pois esses foram proibidos em todo o Vietnã após a guerra. De qualquer modo a passagem do ano foi muito especial e diferente.
Rumo a Hoi An
No terceiro dia do pedal, nos despedimos de Hué às 9:00 rumo a Hoi An. O primeiro trecho foi feito de ônibus (1h30mim) até a Lagoa de Lap An, onde nossas bicicletas já nos aguardavam para um percurso total de 57km, que incluía uma subida de 11km pela passagem chamada oceano de nuvens (Hai Van).
Como sempre, é possível evitar uma longa subida, indo de ônibus, e foi o que optei por fazer. Do grupo, 10 pessoas aceitaram o desafio de ano novo.
O grupo todo pedalou 11.3km no entorno da lagoa, que abriga algumas fazendas de camarão e tem a passagem ao fundo. Quando a subida começou, parte do grupo enfrentou o desafio e parte pegou o ônibus seguindo diretamente para o topo para aproveitar somente a descida de 8km, que leva ao porto de Danang e proporciona belas vistas do Mar Meridional da China.
Se a descida é gratificante até para aqueles que subiram de ônibus, imagino que seja um prêmio para os que pedalaram 11km morro acima.
No entanto, a pedalada de 17km pela cidade, parte beirando a costa é monótona. Acabei por desistir dos 11km finais que, após cruzar a nova ponte suspensa, uma das recentes construções do país, nos levaria até o Resort Son Tra. Fui com algumas pessoas de van e lá almoçamos com vista para o mar, enquanto aguardávamos os que pedalavam.Terminado o almoço fomos todos de ônibus diretamente para o hotel Nam Hai, nosso porto nos próximos dois dias.
O Nam Hai, situado na praia de Ha May, próxima a Hoi An é um show de bom gosto.O hotel é composto por 60 vilas individuais, implantadas em 6 em forma de U, o que proporciona que todas tenham vista para o mar.
Oferece, ainda, 40 vilas de um a cinco quartos com piscina privativa, Com certeza é de longe o mais bonito hotel de praia no qual me hospedei e não tem nada parecido no Brasil em termos de bom gosto, excelência de serviço e sofisticação sem agredir o entorno.
A área comum também é de extremo bom gosto e integrada ao local. Tem três piscinas enormes de frente para o mar, sendo uma aquecida, que não é infantil, mas é a única aberta para menores de 16 anos. Crianças têm ainda a sua disposição um kids club e bicicletas.
Há ainda dois restaurantes, ambos muito bons, academia, aulas de yoga e thai chi, quadras de tênis, badminton e basquete, e um SPA com oito bangalôs separados em volta de um lago. The Nam Hai Resort recebeu
vários prêmios, por exemplo foi eleito o melhor resort da Ásia pelo famoso site
Smart Travel Ásia. Também foi escolhido como um dos 10 melhores spas orgânicos do mundo pela revista
Organic Spa.
Com tantas opções de lazer, difícil foi encontrar ânimo para pedalar no dia seguinte.
No dia primeiro de janeiro, chegamos ao Nan Hai por volta das 16:00 e, como o jantar seria lá mesmo, fui com uma amiga até Hoi An, para conhecer a cidade e verificar as tão faladas lojas que fazem roupas sob medida de um dia para o outro.
A cidade é considerada a mais charmosa do Vietnã e uma das mais antigas. Tem um centro, formado por pequenas ruas restritas a carros, preservado com construções dos séculos XV a XIX, muitas construídas com madeira rara e ornamentadas com lindos painéis de laca com entalhes tradicionais chineses. A cidade das lanternas como é conhecida é também um paraíso de compras.
Está situada às margens do Rio Thu Bon e foi um importante porto comercial entre o oriente e o ocidente no século XVI. Depois que o país se abriu ao turismo e a cidade foi tombada pela Unesco, tornou-se uma das cidade mais visitadas do Vietnã e é, por esse motivo, ao mesmo tempo acolhedora e cosmopolita. Há muito que se ver e comprar, mas se for por pouco tempo, como era o nosso caso, esqueça as compras e aproveite o local.
Eu me arrependi de ter perdido tempo com as compras, pois não é tão simples como apresentam. O grande diferencial é fazer roupas customizadas em 24 horas. No entanto, se tiver interesse em fazer roupas, recomendo que leve modelos que lhe sirvam bem e peça simplesmente que os copie. Caso contrário, terá de fazer várias provas que levam um tempo que, sinceramente, acho que pode ser melhor aproveitado explorando a cidade.
Eu não conhecia o sistema oferecido, que de fato atrai pelo preço e, se acertar a loja, pela qualidade, mas como não tinha levado roupa para ser copiaada acabei tendo que tirar medidas para camisas e vestidos e achei um stress as provas. A Backroads recomendou a loja Yali e a qualidade é de fato muito boa. O preço também é muito bom. Como exemplo, paguei USD 85 por uma camisa de seda feita sob medida. Eles também recomendam as lojas 09 Tran Hun Dao (sapatos e bolsas), Lac Viet (jóias) e 41 Le Loi (seda). Eu gostei da camisetas da Ginkgo, que tem lojas em várias cidades, de algumas criações e acessórios da Bã Ba e da variedade de roupas e coisas para casa da The Ô Collective
De volta ao Nam Hai, jantamos no restaurante The Restaurant, o mais refinado do hotel, que tem mesas internas e externas e serve comida ocidental e asiática. Mesmo que não se hospede no hotel, vale ir jantar, pois a comida é excelente e é um bom modo de conhecer o local. Faça um tour virtual pelo restaurante clicando aqui.
This photo of The Restaurant at The Nam Hai Hoi An is courtesy of TripAdvisor
O quinto dia, como sempre começou às 9:00 e o programa foi, após um curto translado de ônibus, pedalar 38.7km até a remota doca Duy Hai, cruzar o Rio Thu Bon até Hoi An e de lá de voltar até o hotel. Optei por terminar o pedal em Hoi An, após 27km.
A maior parte do trecho foi ao longo de campos de arroz, por vias com pouco tráfego entre vilas, cujos habitantes, como sempre, nos abanavam as mãos. Passamos por locais onde celebravam casamentos e por alguns velórios também: vida real bem próxima!
Da doca, onde pegamos o barco, era possível se ver o encontro do rio Thu Bom com o Mar Meridional da China. O trajeto de barco até Hoi An foi de aproximadamente 0:30min e é um dos programas oferecidos pelas agências de viagem da cidade, incluindo ou não bicicleta. Vale a pena!
De volta a Hoi An, por volta da 13:00, preferi almoçar na cidade e fazer as provas das roupas, para poder aproveitar um pouco da piscina do hotel. Foi aí que constatei a chatice das provas, pois isso me tomou quase duas horas entre provar, aguardar o reparo, provar de novamente até ficar bom. Seria muito melhor ter explorado a cidade ou aproveitado o hotel.
Almocei com meu marido no The Cargo Club, um restaurante/bar,café recomendado por diversos guias de viagem, que de fato tem um apelo cosmopolita, mas achei a comida somente ok. Os líderes da Backroads recomendam, ainda, os seguintes lugares: Brother’s Café, Miss Ly Cafeteria, White Marble Wine Bar e Q Bar $ Restaurant, O folder do Nan Hai recomenda, além de alguns dos acima citados, os seguintes: Mango Room, Morning Glory, Bamboo Buddha e Streets Restaurant & Café.
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Cargo Club.Obtida em: http://www.restaurant-hoian.com/index.php/en/restaurant-cargo-hoi-an/30-cargorestauranthoianvietnam2.html |
Voltei ao hotel, após um pequeno passeio pela cidade sem, no entanto, visitar nenhum de seus prédios históricos, boa razão para voltar, pois são mais de 800 tombados pela UNESCO. Aproveitei a piscina com minha filha até às 18:00 quando tive novamente que ir à cidade para as última provas e encontrar o grupo, às 19:30, para uma aula de culinária que seria também nosso jantar.
A aula foi ministrada no segundo andar do restaurante Morning Glory, que parece ser interessante, mas sinceramente, achei pouco produtiva e um pouco chata, mesmo para mim que tenho interesse no assunto. Sugiro que assista a uma se tiver de fato tempo sobrando o que não era meu caso.
No sexto dia, a opção era pedalar 25km pela manhã ou aproveitar o hotel, de onde saímos as 12:00 para almoçarmos em Hoi Na, no Mango Room, e de lá seguir para o aeroporto de Danang para pegarmos o voo para Siem Reap, no Cambodja.Sem dúvida alguma não me arrependo de ter descansado e aproveitado o hotel. A aventura continua daqui a 15 com os últimos 3 dias de pedal pelo Camboja.
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[…] Longas férias parte 4 – Hué e Hoi An fevereiro 28th, 2014 […]
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[…] 2. Saigon (Ho chi minh) e Hanói; 3. Ha Long Bay; 4. Hué e Hoi An; 5. […]
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