por Jaqueline Furrier colaboração Mel Reis Como comentado na postagem de 17.01.14, sobre Dubai, esta e as quatro seguintes serão sobre o sudeste asiático, onde estive de férias de 21.12.13 a 09.01.14. O Vietnã foi a primeira parada e também a última dessa viagem, que compreendeu também Siem Reap, no Cambodja, e Luang Prabang, no Laos.
Como parte da viagem pelo Vietnã foi realizada de bicicleta, entre Hué e Hoi An, e outra de barco, pela baia de Ha Long, faremos três postagens sobre o país, esta, a próxima sobre Ha Long e a seguinte, somente sobre o pedal.
A viagem foi realizada com uma turma amigos, que variou entre 16 e 24 pessoas. Usamos a agência local Trails of Indochina, para efetuar as nossas reservas, com exceção da parte realizada de bicicleta, que foi organizada pela Backroads.A Trails of Indochina é uma das maiores operadoras do sudeste asiático e oferece pacotes prontos e também tailor made, como o que fizemos. Todo o contato foi feito via e-mail com o Sr. Nhat Nguyen e pago com cartão de crédito. Desde o início, o atendimento foi impecável. Não deixe de consultá-los se tiver planos de viajar por aquelas bandas. Viajamos para o Vietnã pela Emirates, mas é possível fazer conexão em muitas cidades europeias, pois Hanoi e Ho Chi Minh recebem voos da maioria das grandes companhias aéreas.
A escolha da Emirates me pareceu melhor por ter uma conexão de 12 horas em Dubai na ida, que nos permitiu descansar em um hotel por mais de 10 horas. A Emirates oferece hotel no aeroporto, com traslado, nas conexões acima de 8 horas. Para maias detalhes, cheque o post sobre Dubai.
Ho Chi Minh City ou Saigon O nosso primeiro destino no país foi a cidade de Ho Chi Minh, a mais populosa cidade do país, onde mais de 8 milhões de pessoas e a metade desse número de motocicletas convivem num um caos organizado. A cidade, que sofreu muito com a guerra dos EUA (lá não dizem guerra do Vietnã e sim guerra dos EUA), guarda poucos edifícios históricos e se destaca por ser o centro financeiro do país e uma emergente metrópole asiática.
Antiga capital do Vietnã do Sul, após a divisão do país em 1954, ainda é conhecida como Saigon (nome anterior à reunião do país de 1975) e a maioria dos lugares turísticos, assim como hotéis e restaurantes estão concentrados na área central (Distrito 1),próxima à RuaDong Khoi, onde se concentram as marcas de luxo e hotéis idem; na área conhecida como Da Kao, com seus prédios coloniais, que abrigam vários consulados; e naquela próxima ao Palácio da Reunificação.
Chegamos num sábado, 21.12, no início da noite e mesmo sendo um final de semana deu para perceber quão caótico pode ser o trânsito local. Do aeroporto ao nosso hotel, situado na área central, são apenas 7km, mas a previsão do guia que nos recepcionou era de um translado de 40 min. Durou menos, mas foram 30 minutos.
Ficamos hospedados no Intercontinental Asiana, que é o mais novo 5* da cidade.O hotel está bem localizado e tem um preço atraente para a categoria. Os quartos são grandes, bem decorados com um toque local e banheiros ótimos. O serviço, como em todo país, é simpático, solícito e, na grande maioria das vezes, eficiente. Recomendo.
O hotel tem três restaurantes: Yu Chu (chinês), Market 39 (ver abaixo) e Basilico (Italiano); dois bares: Purple Jadee The Library. Está ligado a um pequeno centro de conveniência onde há mais opções de restaurantes e, ainda, abriga o Hard Rock Caféna sua esplanada.
Reservamos três dias para a cidade e arredor e acho que foi o suficiente, ao menos para mim que não tenho muita paciência com cidades grandes.
Na noite que chegamos, mesmo sofrendo com o fuso horário de nove horas, criei coragem e saí do hotel às 22:00, com meu marido, a tempo de jantar no restaurante XU, a uns 750m, na mesma rua do hotel. Um programa trivial que teve sabor de aventura, pois atravessar a rua já é um desafio. Motos e mais motos vindas de todos os lados e sem respeitar qualquer regra de trânsito. Aliás,aprimeira coisa sobre a qual o turista é advertidoquando chega ao Vietnã é quedeve atravessar a rua sem hesitar ou retornar, pois os carros e as motos desviarão. Difícil de acreditar, mas é a mais pura verdade.Por mais incrível que pareça, dá certo.
A caminhada noturna também nos apresentou à diversidade da cidade. O Hotel Park Hyatt, o mais luxuoso da cidade, situado num prédio neoclássico, e outros lugares sofisticados, convivem pacificamente com oficinas de motos, casas velhas e as incontáveis barracas servindo comida na rua, aliás, o divertimento número um dos vietnamitas.Principalmente em Saigon, há comida de rua em todo lugar, 24 horas por dia. O restauranteXu é estiloso e serve cozinha fusion de inspiração vietnamita. O local é bonito e o cardápio reduzido simplificou a escolha da nossa primeira refeição local. Estava quase vazio quando chegamos, mas o seu lounge lotado prometia uma longa noite de agito.
Voltamos a pé pela Rua Dong Koi, depois de passar pelo Teatro Municipal de estilo neoclássico, e embora fosse mais de meia noite, havia muitas pessoas na rua, locais e turistas.
No dia seguinte de manhã, a nossa intenção era visitar alguns templos, pois a tarde tínhamos um city tour. No entanto, a caminhada num calor de mais de 30º acabou por ser pouco frutífera. Embora a viagem tenha sido realizada no inverno (estação seca), o sul do país é quente o ano todo. Muito diferente do norte onde pegamos temperaturas entre 14º e 21º.
Conseguimos ir ao colorido templo hindu Mariamman, considerado sagrado também para alguns vietnamitas, mas nada de especial, e de lá seguimos para Pagoda Xa Loi, cruzando o Parque Tao Dan, muito popular e lotado de jovens naquele domingo.
A Pagoda Xa Loi é famosa pela sua história, pois foi um centro de oposição ao governo do presidente Diem e, em 1963, foi invadida por forças desse governo que prenderam mais de 400 monges, incluindo o patriarca do Vietnã. Essa invasão levou os EUA a apoiarem oGolpe de Estado contra Diem, que era até então apoiado por aquele país.
O local também foi palco de imolações de monges contra o governo Diem e contra a guerra do EUA. Infelizmente quando chegamos já estava fechada e pudemos apenas visitar seus jardins.
A nossa intenção era também visitar a Pagoda de Jade, mas o tempo não foi suficiente. Voltamos para o hotel, onde almoçamos no Basílico, que tem ambiente casual e serve uma comida italiana honesta.
Às 14:00, fizemos um city tour com nossos amigos. Já éramos 16.
O passeio começou com a visita ao Palácio da Reunificação, antigo Palácio Presidencial e centro do governo durante a guerra dos EUA. Além das diversas salas decoradas do primeiro e segundo andar, se visita o porão, onde ficava o centro de telecomunicações, a sala de guerra, e uma rede de túneis que conectam várias salas.
De lá seguimos para o War Remnants Museum (museu da guerra), onde a guerra dos EUA é mostrada do ponto de vista do Vietnã.
Além de alguns armamentos no seu interior e aviões e tanques no seu pátio, a grande parte das salas expõe fotos da guerra, algumas bastante indigestas.
A próxima parada foi a Catedral de Notre Dame, construída entre 1877 e 1883, com materiais importados da França. Tem uma fachada que impõe, mas não tem nada de especial se comparada às catedrais europeias. Só é possível visitá-la internamente nos horários de missa. Por sorte, quando chegamos, uma missa estava terminando.
A catedral fica em frente ao prédio dos Correios(1891), que foi desenhado por Gustav Eiffel e traz nas paredes de seu saguão interessantes mapas do sul do Vietnã, Saigon e Cholon, e na dos fundos um mosaico de Ho Chi Minh.
O city tour se encerrou no Mercado Ben Thanh. As barracas de souvenir, roupas, utilidades e quinquilharias diversas se misturam às bancas que vendem alimentos de todos os gêneros.
Como em todo grande mercado, a confusão reina e o quesito higiene pode ser perturbador.
Nessa noite, o grupo todo jantou no Hoa Tuc, que fica localizado nos jardins de uma antiga refinaria de ópio e serve uma comida vietnamita deliciosa. No mesmo jardim, que se situa nos fundos de uma viela que sai da Rua Ba Trang (mesma do Hotel Asiana), estão localizados outros restaurantes, entre eles o francês The Refinery, bem recomendado em alguns guias
http://hoatuc.com Acesso em: 30.01.2014
Na manhã do segundo dia, por volta da 10:00, o grupo todo foi visitar os Túneis de Cu Chi, cidade que fica a aproximadamente 35km a noroeste de Saigon, caminho que se percorre com sorte em 1h30min. Eu diria que é um programa imperdível para quem vai a Saigon.
O complexo dos túneis foi iniciado em 1948 para proteger as guerrilhas Viet Cong (vietnamitas do sul) dos ataques franceses. Esses túneis foram expandidos e serviram de rota de comunicação, para armazenamento de comida e armas, assim como hospitais e moradia desses mesmos guerrilheiros durante a guerra dos EUA. A visita, que leva aproximadamente 1h30min, faz com que se melhor entenda as enormes dificuldades vividas pelos guerrilheiros e a capacidade de resistência desse povo, que acabou por vencer a guerra.
De volta a Saigon, por volta das 14:30, o guia nos levou para conhecer a fábrica de laca Minh Phuong Art, próxima ao nosso hotel. Embora o guia tenha propagandeado ser a melhor da cidade, havia produtos de boa qualidade e outros nem tanto.Portanto, fique atento!
Como já estava tarde, almoçamos no restaurante Market 39 do nosso hotel, que fica aberto o dia todo com serviço a la carte, além do buffet do café da manhã, almoço e jantar. Legal para algo despretensioso. Eu comi hambúrguer e estava bom.
Nessa noite eu, meu marido e mais três amigos nos aventuramos na garupa de vespas, pela noite de Saigon. O programa recomendado por amigos só foi reservado de última hora, pois eu não punha fé que me divertiria, já que detesto motos e a confusão da cidade assusta. Ainda bem que fomos.O programa também é IMPERDÍVEL e proporciona uma visão da cidade de outro um ângulo.
Reservamos com o concierge do hotel, mas a reserva pode ser feita diretamente com a Vietnã Vespa Adventures. A agência oferece o programa noturno, Saigon After Dark, que fizemos, mas também dois outros: o The Insider´s Saigon, cuja proposta é mostrar atrações turísticas e pontos pouco visitados; e o Saigon Wartime Memories, que leva os participantes a locais relacionados à guerra dos EUA, ambos com saídas de manhã e a tarde. Oferecem, ainda, outros tours de um dia pela região do rio Mekong e outros mais longos pelo país.
O Saigon After Dark pretende mostrar ao turista vida noturna da cidade vivida pelos locais. Depois dos condutores das vespas nos pegarem no hotel, fomos levados ao Zoom Café, um bar onde nos foram oferecidos snack e cerveja e um guia nos deu informações sobre o programa. Ao nosso grupo de cinco pessoas se juntou um casal de jovens indianos em lua de mel. O total de participantes era em torno de 60 pessoas, mas a empresa forma pequenos grupos que são liderados por um condutor/guia, que fala inglês, pois os demais só falam vietnamita.
De lá seguimos em direção ao Distrito 4, cruzando o rio Saigon e depois atravessando pequenas vielasaté chegar à primeira parada, uma mistura de barraca e restaurante que serve comida de rua especializada em frutos do mar. Eu fiquei reticente em experimentar, devido às condições higiênicas gerais da cidade, mas acabei provando e tudo estava uma delícia e meu marido provou até sapo. Nessas horas, acabo ponderando que, se o programa é organizado por um americano (Steve Mueller) e para turistas, as condições mínimas de higiene são observadas. Toda comida e bebida oferecida no tour estava incluída no preço.
De lá as vespas seguiram a avenida que beira o rio e por algumas ruas do Distrito 1, até o 46 Banh Xeo, conhecido local que serve comida do sul do país, e está localizado no Distrito 3. O lugar estava lotado de locais. Comemos uma enorme panqueca recheada de camarões e broto de feijão (banh xeo dac biet), que se parte e se enrola em folha de alface (dispensei as olhas). Também foram servidos rolinhos primavera (cha chio) e outro típico rolinho frio de arroz com camarões (coi cuon).
Depois de fartos de tanta comida, a próxima parada foi no Café Vung, escondido numa viela e sem sinalização (16, Ngo Thoi Nhiem, Distrito 3). Descrentes, subimos uma pequena escada e nos surpreendemos com o charme do local. Lá ouvimos três diferentes cantores apresentarem músicas internacionais e do Vietnã, acompanhados pelo som de um piano. Esse bar está fora do roteiro turístico e vale muito a pena, mesmo que não se aventure no tour de vespa.
Ao chegar (fotos acima), talvez, pense que esteja enganado, mas não se assuste e entre, pois é um programa realmente diferente e agradável. Não vai se arrepender e verá algo bem local.
A última parada foi no Acoustic Bar, onde o grupo Ten Singers se apresentava. A música estava muito boa e, apesar de ser uma segunda-feira, estava lotado de turistas e locais. Ótima opção para quem gosta de música ao vivo.
Depois de meia hora nesse último bar, tem-se a opção de ser conduzido de vespa até o hotel ou ficar e retornar por sua conta.
No dia seguinte, véspera de Natal, fui de manhã com minha filha ao Thao Cám Viên, Zoológico e Jardim Botânico, que fica na área central. Um programa agradável se estiver com crianças, pois é pequeno e pode ser percorrido a pé ou num pequeno trenzinho. No mesmo parque está situado o Museu de História, que não deu tempo de visitar.
Almoçamos no Temple Club, um restaurante clássico, situado no segundo andar de uma casa colonial, na zona central, e de lá seguimos para o aeroporto para embarcar para Hanoi.
Não fiz compra alguma em Saigon, além de duas pequenas bandejas na fábrica de laca, então não tenho dica nesse quesito. Se gostar de cerâmica, vá a loja Amai. Eu comprei umas cumbucas dessa marca em Hoi An, mas o show room é em Saigon.
Voamos de Vietnã Airlines que, como já havíamos sido advertidos, não é muito confiável em termos de horários. O nosso voo das 17:00 foi cancelado e nos enviaram um e-mail que tínhamos sido realocados no voo das 18:30, horário que atrapalharia o nosso jantar de Natal. Por sorte, por e-mail mesmo, consegui mudar para o voo da 16:00. Fique atento e confirme todos os voos com 24 horas de antecedência e antes de ir para o aeroporto também. Hanói Chegamos a Hanói às 18:00 e o traslado até o hotel, localizado na área central, leva de 45min a 1 hora.
Ficamos hospedados no Sofitel Metropole, um dos grandes hotéis históricos da Ásia. Construído pelos franceses no início do século XX faz parte da história da cidade. O hotel tem duas alas, a Ala Opera, adicionada posteriormente, tem decoração contemporânea, mas os quartos são pequenos. Na Ala Histórica, toda reformada, os quartos são de tamanhos diversos, mesmo dentro de uma mesma categoria, e a decoração é de época. Nessa estada de dois dias ficamos na ala Opera. Não perca o tour que o hotel oferece pelas suas dependências e no bunker construído para proteção dos hóspedes durante a guerra.
O hotel é caro, mesmo para a sua categoria. Se quiser algo mais econômico, tente o Conifer Boutique Hotel, que fica muito próximo ao Metropole e amigos que ficaram lá uma noite gostaram muito. Nesse dia, o nosso grupo de 16 pessoas jantou no próprio hotel no Spices Garden, que serve comida Vietnamita. O jantar de Natal foi reservado muito antes de deixarmos o Brasil e foi servido um menu de oito pratos. Durante o jantar, houve apresentação de mágico, música e dança. A noite foi simpática, mas a comida em si estava apenas ok. Se quiser ver o menu, acesse aqui.
Depois do jantar, ainda tomamos um drink no lounge do restaurante Angelina, que fica aberto até as 2:00 da manha. No almoço e jantar serve culinária italiana. Amigos que almoçaram no local não gostaram. Além desses o hotel ainda conta com o restaurante Le Beaulieu, que serve almoço no sistema buffet e a noite culinária francesa com menu a la carte.
No Sofitel Metropole há, ainda, outras opções para refeições mais rápidas. O bar Bamboo, a beira da piscina, e o Le Club, no saguão da Ala Histórica, onde jantamos no retorno de Luang Prabang, ficam abertos desde muito cedo (6:30) até bem tarde (1:00) e o bar Terrasse, na calçada do Le Beaulieu, aberto das 10:00 às 23:00, foi onde almoçamos no dia em que pegamos o voo para Ho Chi Minh, para fizermos a conexão para Dubai.
Hanói, a capital do país, é menos caótica do que Saigon, mas nem por isso organizada. É um tanto pitoresca e a área central, em torno e próxima do lago Hoan Kiem, compreende o Bairro Francês (A), o Bairo Antigo (B), a região chamada Nha Tho (C). Exibir mapa ampliado
O bairro antigo é um emaranhado de pequenas ruas onde comércio barato se mistura com galerias, hotéis e restaurantes de todos os gêneros, além das sempre presentes motocicletas. O coração da cidade tem mais de mil anos de história e ao menos desde o século XIII é um centro comercial asiático importante. Naquele século, 36 cooperativas de artesãos lotearam a área em 36 ruas e cada uma delas foi nomeada pela mercadoria (Hang) que nela se vendia.
Embora hoje sejam mais de 50 ruas e não seja cada uma delas destinada a uma só mercadoria, a regra ainda é mais ou menos respeitada. A mais procurada e a talvez a única que de fato valha a pena conferir é a Hang Gai (Rua da Seda). Eu achei coisas interessantes (lenços e roupas, coisas para casa etc…) nas seguintes lojas: Tân MY; TropicalAmi BotiqueeMestiseko
Em Nha Tho está localizada a Catedral de São José, de 1886. Construída em estilo gótico, tem um altar elaborado e bonitos vitrais. De lá se tem também belas vistas do lago.
No bairro francês, formado por grandes bulevares, estão concentradas as lojas de grife, hotéis e restaurantes. É lá também que selocaliza a Ópera de Hanoi e os Museus da História do Vietnã e o da Revolução. Não visitei nenhum dos dois, e amigos que foram ao Museu Nacional de História do Vietnã o acharam pobre.
No nosso primeiro dia na cidade, fizemos em grupo um tour guiado pelas duas principais atrações turísticas da cidade: o Complexo do Mausoléu de Ho Chi Minh e o Templo de Literatura, que estão a oeste do bairro antigo.
Saímos do hotel às 10:00 para conseguirmos adentrar no Complexo do Mausoléu de Ho Chi Minh, que fecha os portões às 11:00. A guia Thuy, que presta serviço como freelancer para a Trails of Indochina, nos acompanhou por todo o complexo.
Além do mausoléu, que guarda o corpo embalsamado do grande líder do Vietnã, visitamos os seguintes locais:
O seu local de trabalho e a casa de palafitasonde ele viveu entre 1958 e 1969;
o Palácio Presidencial, uma bela casa colonial que foi residência do Governador Geral da Indochina e que após ser restaurada é usada para eventos oficiais;
aPagoda de um Pilar (OngIch Kiem) que, construída em 1054 sob um único pilar de madeira, foi destruída pelos franceses em 1954 e reconstruída pelo novo governo. O passeio pelo complexo levou aproximadamente 2:30min.
De lá seguimos para o Templo da Literatura, um dos “top sites” da cidade. O templo, fundado em 1070, é dedicado a Confúcio e tem sua arquitetura vietnamita muito bem preservada.
O prédio abrigou a primeira universidade do Vietnã, frequentada somente por nobres até 1442, quando passou aceitar os melhores alunos do país. Reserve uma hora o templo.
A guia Thuy, como não é contratada da Trails of Indochina, pode ser contatada diretamente pelo email ou pelo telefone +84913515369. O marido dela “Dragon” é um guia contratado dessa operadora e não faz trabalho avulso. No entanto, é possível, requisitá-lo se fizer suas reserva com a Trails of Indochina. Ele é excelente. Trabalha dando suporte a Backroads há mais de 12 anos e nos acompanhou no tour de Ha Long Bay, e durante todo o roteiro que fizemos de bicicleta. Se contatá-los, pode falar em meu nome.
Após as visitações, almoçamos em seis pessoas no La Badiane, que serve comida de bistrô numa vila francesa. O local é muito bem indicado por guias e concierges e todos comemos bem, num ambiente sem afetação.
Essa foto de La Badiane é cortesia do TripAdvisor
No final da tarde, visitei com meu marido o Templo Ngoc Son, que fica numa pequena ilha do lago Hoam Kiem. Talvez seja o templo mais visitado da cidade devido à sua localização. É dedicado ao General Tran Hung Dao, que derrotou os mongóis no século XIII; a La To, protetor dos médicos, e ao estudioso Van Xuaong.
À noite, jantamos no Ly Club, bem próximo ao hotel. O restaurante está localizado numa mansão colonial francesa e serve comida vietnamita num ambiente interessante. Gostei, mas nada que impressionasse. Também não espere a sofisticação anunciada por alguns guias.
No dia seguinte, partimos de manhã rumo a baia de Ha Long, tema da nossa próxima postagem.
De volta a Hanoi, no dia 28.12, por volta das 14:00, almoçamos em família no El Gaucho, uma churrascaria argentina inacreditavelmente boa, que outros amigos tinha experimentado quando chegaram a Hanoi.
This photo of El Gaucho – Argentinian Steakhouse is courtesy of TripAdvisor
Ainda deu tempo de eu ir com algumas amigas a rua das sedas (Hang Gai) para umas comprinhas, antes de encontrar os amigos que tinham acabado de chegar ao Vietnã, para continuar a viagem conosco a partir do dia seguinte.
À noite o grupo de 24 pessoas comemorou o aniversário de duas delas no restaurante Bobby Chinn. Como o grupo era grande, fizemos a reserva a partir do Brasil, confiando em alguns artigos de imprensa que elogiavam o chef. Foi um erro. O restaurante é fora de mão e está tão caído que não tinha ninguém, além do nosso grupo, num sábado à noite. Mas como tudo é festa e éramos muitos, acabamos nos divertindo.
Como o primeiro dia da viagem organizada pela Backroads (29.12) consistiu em passeios por Hanói, resolvemos relatá-lo aqui, para concentrar as dicas da cidade. Nessa noite ficamos hospedados na Ala Histórica do Sofitel Metrópole.
Depois de encontrarmos os guias no hotel, embarcamos, por volta das 11:00, para um passeio de ciclo pelo Bairro Antigo, que depois passou pela beira do lago e nos levou de volta ao Bairro Francês para almoçarmos. Os ciclos são um meio e transporte bastante popular entre turistas, mas todos os guias alertam que a negociação sobre preço dever ser feita antes de embarcar e que se deve conhecer o percurso, para evitar que o condutor desvie e depois queira cobrar mais caro. Como o nosso passeio foi negociado e pago pela Backroads não tivemos problema. Os guias consideram razoável o valor de VND 100.000 (USD 5) para 30 minutos.
O almoço foi no Nhà HàngNgon. O restaurante fica numa casa colonial e tem uma área externa bem atraente. Tudo o que provei estava muito bom e foi bem agradável sentar ao ar livre embaixo de árvores.
De lá fomos levados de ônibus até uma área residencial central da cidade, de nome Ba Dinh, por onde caminhamos por pequenas vielas, onde construções de várias décadas se misturam e onde se pode observar o dia a dia da cidade, longe dos pontos turísticos. Nessas vielas não passam veículos, somente motos e tuc- tuc.
Passamos pelo templo chinês Deng Dong Nuoc e visitamos a casa de um residente, onde no quintal amigos da família comiam um ensopado de cachorro. No Vietnã não há criação de cachorros para alimentação, mas segundo o guia o animal é uma iguaria e ninguém deixa o seu cão de estimação solto. De fato, não vi cachorros perambulando pelas ruas de nenhuma das cidades que visitei.
É nesse bairro que fica escondido o pequeno Lago Hun Tiep, no qual ainda hoje estão os destroços do avião Downed B-52, derrubado pelos soldados vietnamitas, durante a os bombardeios aéreos ocorridos em dezembro de 1972, que vitimou mais de 1600 civis nas cidades de Hanoi e Haiphong e devastou partes dessas cidades. A visita traz a guerra para um plano mais próximo do visitante.
De lá seguimos a pé até o Complexo do Mausoléu de Ho Chi Minh, passando perto do Museu dedicado a esse herói nacional, onde o ônibus nos esperava para nos levar a antiga Prisão Hỏa Lò, hoje convertida em museu.
Essa prisão, também conhecida sarcasticamente como Hanoi Hilton, foi construída pelos franceses (Maison Centrale) no final do século IXX e serviu de prisão para presos políticos que lutavam pela independência. Embora,em 1903, tenha sido expandida para aumentar sua capacidade para 600 prisioneiros, em 1954, ano da independência, abrigava mais de 2000 presos.
Após a retirada dos franceses e ascensão dos comunistas, a prisão passou a ser um centro de reeducação da doutrina revolucionária, mas com o início da Guerra dos EUA passou, novamente, a servir como prisão e centro de tortura de americanos presos, na maioria pilotos abatidos durantes os bombardeios aéreos. A tortura dos pilotos não tinha como escopo obter informações, mas sim fazer com que eles escrevessem cartas e gravassem falas criticando a conduta dos EUA e elogiando o tratamento recebido pelos norte-vietnamitas. Entre seus prisioneiros famosos estão James Stockdale, que foi candidato à vice-presidência dos EUA, e o senador John McCain que, em 2008, foi o candidato republicano à presidência dos EUA.
O passeio pelas dependências é interessante, mas é óbvia a propaganda comunista. Reserve 1 hora.
De volta ao hotel, ainda tivemos tempo para descansar antes de nos encontrarmos para o jantar no restaurante Clube de L’Orientaltambém muito próximo ao hotel. O restaurante é muito bonito e a cozinha excepcional, uma das melhores, senão a melhor, provada na viagem pelo Vietnã.Os preços são caros para os padrões locais, mas muito razoáveis para o padrão internacional. Esse é um restaurante que não pode se deixar de ir, em Hanoi.
No dia seguinte, partimos logo cedo para o aeroporto, rumo a Hué, onde começamos a viagem de bicicleta.
Oi Luiza, fizemos tudo com a Trails of Indochina (nhat.n@trailsofindochina.com ou http://www.trailsofindochina.com/destination/vietnam), que citamos no post. É uma operadora de turismo que atua em todo o Sudeste Asiático, mais China e Hong Kong. Além dos itinerários sugeridos no site eles reservam o que for do seu desejo: só um hotel ou voo, cruzeiros e barcos privados ou toda sua viagem. Vale a pena cotar com eles antes de fechar um pacote no Brasil.
Não se esqueça de que a agência brasileira sempre vai contratar uma operadora local para fazer os serviços. Não deixe também de fazer o vespa tour.
Se tiver mais alguma dúvida, não deixe de comentar aqui!
Jaque: Não posso deixar de te dar os parabéns pela qualidade dos seus relatos de viagem, simplesmente bárbaros, detalhados e muito úteis. Eu, que sou viciada em viagens (como você), estou adorando. Já estive na Ásia, mas ainda não conheço o Vietnan, de modo que estou apreciando muito as suas dicas. bjos Dany Cilento
[…] Chi Minh, que já foi tema de post no blog, é o assunto desta matéria da Condé Nast (jan/15) com dez razões para visitar cidade ainda […]
[…] Outras opções, com acertos e erros também, você encontra no post: https://www.maisqueviagem.blog.br/longas-ferias-parte-2-saigon-e-hanoi/ […]
[…] 2. Saigon (Ho chi minh) e Hanói; 3. Ha Long Bay; 4. Hué e Hoi An; 5. […]
Oi Jaqueline. Você sabe me dizer com qual empresa vocês fizeram o city tour por o Chi Minh City?
Oi Luiza, fizemos tudo com a Trails of Indochina (nhat.n@trailsofindochina.com ou http://www.trailsofindochina.com/destination/vietnam), que citamos no post. É uma operadora de turismo que atua em todo o Sudeste Asiático, mais China e Hong Kong. Além dos itinerários sugeridos no site eles reservam o que for do seu desejo: só um hotel ou voo, cruzeiros e barcos privados ou toda sua viagem. Vale a pena cotar com eles antes de fechar um pacote no Brasil.
Não se esqueça de que a agência brasileira sempre vai contratar uma operadora local para fazer os serviços. Não deixe também de fazer o vespa tour.
Se tiver mais alguma dúvida, não deixe de comentar aqui!
Jaque:
Não posso deixar de te dar os parabéns pela qualidade dos seus relatos de viagem, simplesmente bárbaros, detalhados e muito úteis.
Eu, que sou viciada em viagens (como você), estou adorando.
Já estive na Ásia, mas ainda não conheço o Vietnan, de modo que estou apreciando muito as suas dicas.
bjos
Dany Cilento