Haia

por Jaqueline Furrier – colaboração Mel Reis

Fiquei surpresa com a cidade que entrou no nosso roteiro como base para dois dias de pedal pelo interior dos Países Baixos, viagem sobre a qual falamos no post de maio.

Capital política dos Países Baixos e residência oficial da família real, Haia, assim como seus arredores, abriga muitas atrações. Infelizmente não tivemos tempo suficiente para explorar a cidade como merecia.

Fizemos apenas um walking tour pela região central num fim de tarde e no dia seguinte tivemos metade de uma tarde para visitar dois de seus prestigiosos museus.

Acho que vale passar dois dias inteiros por lá ou até um pouco mais, se usar a cidade como base para visitar Gouda e os Moinhos de Kinderdijk, ou, ainda, se for verão, e quiser aproveitar a praia em Scheveningen.

Onde ficamos:

Hotel des Indes: escolhido pela Backroads, é com certeza o melhor da cidade e um dos hotéis landmarks do mundo.

O prédio foi construído em 1858, como residência de um nobre e funciona como hotel desde 1881, recebendo ilustres personagens históricos, políticos e do mundo das artes.

Uma joia no centro da cidade. Totalmente reformado, tem todos os confortos modernos, mas mantém a classe e formalidade do passado. O café da manhã é delicioso e não deixe de tomar um drink no lobby para apreciar todos os detalhes decorativos. Tem, ainda, uma piscina interna linda.

algumas fotos abaixo obtidas em: http://www.hoteldesindesthehague.com/gallery acesso em 10.08.2017

Onde comemos:
Basilliek: fomos com o grupo da bike e os meus pratos estavam muito bons. Fica no coração da cidade, tem ambiente agradável e estava lotado numa terça feira. Acredito que seja bom reservar.

Han Ting: é considerado por muitos o melhor restaurante da cidade. Ostenta 1* Michelin e serve comida chinesa com certo toque francês.
O ambiente é sóbrio, mas muito bonito, e o serviço é impecável. O preço acompanha a excelente comida e ambiente. Essencial fazer reserva.

Os líderes da Backroads sugerem também os restaurantes listados na foto abaixo.

Vale conferir ainda as batatas fritas do Frites Atelier, do mesmo chef do Oud Sluis, que ao fechar as portas, em 2013, ostentava 3* Michelin.

Atrações:

A cidade conta com excelentes prédios públicos e museus. Conseguimos visitar dois deles (Escher in Het Paleis e Mauritshuis), que considero imperdíveis.

Escher in Het Paleis: o museu dedicado às obras do famoso artista holandês, cujo trabalho cheio de ilusão de ótica é único. O museu ocupa o Palácio de Inverno da rainha Mãe, Emma, e é o único palácio que se pode visitar na cidade. Além das obras de arte e de móveis do palácio, há espaços interativos. Use o audioguide, que é gratuito.

Mauritshuis instalado na residência de Mauricio de Nassau, datada do século XVII, tem no seu acervo o que há de melhor da era áurea da pintura holandesa.  Não é muito grande, mas ostenta obras primas como “Girl with a Pearl Earring” de Vermeer, entre outras de Rembrandt, Fabritius, e Potter.

Durante o walking tour, pela área central, passamos pelo Palácio Noordeinde, uma das residências oficiais da família real, usada especialmente para trabalho e fomos ao The Binnenhof, que abriga entre outros prédios públicos o Knights Hall e o North Wing (residência oficial do primeiro ministro), passando antes pela igreja protestante The Grote of Sint-Jacobskerk, e pela De Passage, arcadas cobertas, construídas entre 1882 e 1885, com a proposta de imitar a o modo da classe alta fazer compras em Paris.

Outras atrações que merecem ser vistas são:
The Peace Palace – ainda na área central, abriga a Corte Internacional de Justiça, a Corte Permanente de Arbitragem e ainda a Academia Internacional de Direito.

Prison Gate Museum (Gevangenpoort) – na parte norte de Binnenhof, a estrutura de 1296, construída como um dos portões da cidade e convertida em prisão no século XV, está bem preservada. Desde de 1880 está aberta ao público e o acervo é de pinturas, relíquias e objetos de tortura.

Panorama Mesdag – Pintura cilíndrica de 14m de altura e 120m de circunferência, de Hendrik Willem Mesdag, retrata a vista do mar e das dunas de Scheveningen. É o único mural desta época que remanesce em seu lugar original.

Madurodamé um parque de miniaturas, com réplicas dos mais famosos pontos turísticos dos Países Baixos. Foi aberto em 1952 e recebe milhões de turistas anualmente.

Gemeentemuseum De Haag – situado fora do centro, em Duinoord, tem uma respeitável coleção de pinturas de Mondriaan e Paul Klee, assim como uma sensacional coleção de instrumentos musicais tradicionais e eletrônicos.

Haagse Bos and Huis ten Boschum grande bosque, preservado de deflorestamento desde a idade média. Abriga o Palácio Real, construído em 1646, para residência e hoje ainda é usado como residência do rei Willem-Alexander.

By | 2017-08-11T17:45:47+00:00 agosto 11th, 2017|Alemanha e Holanda, Continentes, Europa|0 Comments

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