Por Jaqueline Furrier e Mel Reis

Essa postagem segue com dicas de Lima, onde estivemos na Semana Santa de 2104, por quatro dias (cinco noites). A cidade encantou tanto que rendeu duas matérias, esta com os passeios e a outra sobre a gastronomia da capital do Peru. 

Lima tem ceviches, chefs premiados, é caminho para Cusco e Machu Picchu, a esquisita e doce inka cola e a vista para o pacífico em muitas das paradas. Então, como dissemos no post de junho, há muito que se ver!

Como não pretendemos fazer aqui um guia, vamos falar apenas sobre o que conseguimos visitar e alguns lugares que gostaríamos de ter ido, mas o feriado não permitiu.

E tem ainda um grande ponto: Lima pode ser visitada durante o ano todo, quase não chove. Depois do Cairo é a capital mais seca do mundo.

As atrações serão destacadas pelos distritos que compõem a cidade. No total são 43, mas como se verá, a Lima turística se resume a seis distritos ou um pouco mais.

Bairro que no início do século XX era um balneário dos limenhos, mantém até hoje belas casas de veraneio e ar boêmio. Ainda é possível sentir um clima de cidade de interior ao se embrenhar por suas ruazinhas cheias de ateliers.

Museu Osma – Belíssima mansão do início do século XX, com excelente acervo de obras de pintura da época colonial. Na área externa exibe exposições temporárias.

Visita guiada em inglês e espanhol, com duração de 45 minutos, sem custo, que vale a pena. Não é necessário reservar.

O distrito de San Isidro é bastante residencial e tem uma grande área verde, parques e clubes, como o Lima Golf Club e o Real Club de Lima, entre outras. Também é o centro financeiro e comercial de Lima e tem uma grande atividade cultural, com vários teatros, galerias de arte, bibliotecas e centros culturais. (Fonte: http://www.sanisidrolima.com/).

Huaca Hullamarca  – Pequeno sítio arqueológico com museu idem. Dá pra visitar em meia hora e só vale a pena se estiver por perto. O táxi custou a achar, pois fica literalmente no meio de uma parte residencial do bairro.

Miraflores pode ser considerado um dos mais turísticos e badalados distritos. Repleto de bons restaurantes, shoppings, pracinhas bem cuidadas, praias e museus, deve ficar na mira de quem passear em Lima. O Larcomar, por exemplo, é um shopping onde se encontra grande variedade de lojas e ainda nos presenteia com uma bela vista para a costa do Pacífico.

Museo Amano – Outro local que não conseguimos visitar por conta do feriado. Acervo privado de cerâmicas e tecidos de civilizações pré-incas. Visita guiada obrigatória, mas não é necessário reservar.

Huaca Pucllana– Maior sítio arqueológico de Lima, ligado às várias civilizações pré-incas. Vale a visita, que é sempre guiada, em inglês ou espanhol, e dura, aproximadamente, uma hora. Não é necessário reservar.

Nome do distrito central e o mais antigo, onde ainda é possível encontrar casas da era colonial, muitas hoje convertidas em pequenos museus ou salas para exposições temporárias. Construções coloniais riquíssimas são encontradas no entorno da Plaza Mayor ou Plaza de Armas, onde também está a sede do governo central.

Museu da Igreja São Francisco – localizado na área do Centro Histórico da cidade, a Basílica Menor e Convento de São Francisco são parte de um complexo arquitetônico religioso em estilo barroco, declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

O que chamamos de museu, na verdade, é o convento, que possui diversos ambientes com rica decoração e obras de arte. São detalhes decorativos entalhados em madeira, pratarias, azulejos etc. No claustro, é possível encontrar uma série de telas representando a vida de São Francisco. Já nas catacumbas, que só devem ser visitadas por quem não sofre de claustrofobia ou algo do tipo,  serviram de sepultura para membros de fraternidades e irmandades.

Catedral – Também é considerada Patrimônio da Humanidade e, se encontrá-la aberta, é imprescindível a visita. Em estilo barroco, já foi reconstruída cinco vezes, em razão de danos causados por terremotos.

Mali (Museu de l’Arte) – O belo prédio em estilo renascentista, construído no final do século IXX para abrigar exposição comemorativa de 50 anos de independência do Peru. Construção em ferro, vanguarda para época, passou por uma restauração recentemente. Oferece visita guiada somente em espanhol.

O nome foi dado por causa do grande patriotismo e desejo de liberdade que San Martin viu no povo. Foi em Pueblo Libre também que viveu Simón Bolívar , libertador da América do Sul, na sua mansão colonial, conhecida hoje como o Museu Nacional de Arqueologia, Antropologia e História do Peru, cujas informações estão abaixo.

Monterrico-Surco tem uma área relativamente grande e é muito heterogêneo, com habitantes pertencentes a todos níveis socioeconômicos.

Museu Oro del Perú – uma rápida pesquisa na internet já te dá uma péssima impressão sobre o museu do ouro e indo lá isto fica confirmado. O museu parece abandonado, com peças bonitas, é verdade, mas cheias de pó, com pouca ou nenhuma informação sobre elas e sem visita guiada.

Como algumas peças parecidas podem ser encontradas em outros lugares que contam com áudio-guia ou visitas guiadas, só vá se estiver por perto. Caso contrário, não vale perder tempo indo até lá.

Aberto de segunda a domingo das 10:30 às 18:00. Fotos não são permitidas.

O artesanato peruano é bem variado quanto aos materiais (prata, lã, palha, tecidos…), mas pouco criativo em relação ao design.

No Inka Market é possível encontrar de tudo um pouco. Para um pouco mais de design, visite a galeria Dédalo, em Barranco.

Ao adquirir esse tour visitamos:

A Antiqua Taberna Queirolo, fundada em 1880 pelo italiano Santiago Queirolo Raggio,  no distrito de Pueblo Libre, próximo ao Museu de Arqueologia, Antropologia e História. Santiago Queirolo, atualmente, é uma das produtoras de vinho e pisco mais conhecidas no Peru.

O Museu de Arqueologia, Antropologia e História, que visitamos acompanhados de um guia privado (citado acima).

O Mercado Magdalena del Mar, onde provamos várias frutas locais in natura e em sucos. 

Fizemos uma parada para fotos na Praça San Martín (fotos acima), construída para celebrar cem anos da independência. Nos arredores da praça estão alguns edifícios famosos e no seu centro um monumento a José de San Martín.

Como a Jaqueline adora pedalar sempre que possível, contratamos um passeio nos arredores de Lima com a Peru Bike (contact@perubike.com – 51.1. 2608225 / 2714161).

O pedal foi na região próxima ao sítio arquelógico de Pachacámac, que visitamos no final.

Foram somente 20 km percorridos em duas horas pelo Vale de Pachacámac, passando por dois pequenos sítios arqueológicos pré-incas. Gostamos bastante do visual, mas não achamos que é essencial. É bom para quem tem necessidade de fazer algum programa mais esportivo durante as viagens.

Esse tour privado custou USD 407 para duas pessoas pedalando e duas acompanhando de carro (um adulto e uma criança), incluindo bicicletas com suspensão total, que custaram USD 40 cada. Então, o mesmo tour, com bicicletas somente com suspensão dianteira custa USD 327.

A agência faz tour para outros locais próximos de Lima e por todo Peru, assim como pela cidade. Acho que o tour por Lima deve ser bem interessante e se soubesse que a cidade tinha tantas ciclovias teria feito. Pena que só percebi isto estando lá.

Pachacamac – O maior sítio arqueológico próximo a Lima, pode ser visitado em poucas horas. Várias agências oferecem o tour e um dos circuitos do ônibus turístico passa por lá.
Como as ruínas não são facilmente identificáveis, é melhor visitar na companhia de um guia e só vale a pena se não for visitar outros lugares no Peru.

Vale lembrar que sempre no mês de setembro ocorre o festival gastronômico Mistura, que no último ano recebeu mais 500 mil visitantes ao longo dos dez dias de festival. Além de reunir chefs, empresários e turistas, o evento aumenta, e muito, a visibilidade para a comida local.

Outro ponto positivo que Lima tem é que, durante o verão, as praias são outra grande atração. As pessoas correm para as “areias” localizadas perto da rodovia Panemaricana Sur. Encontramos no blog Cup of Things um post dedicado ao tema e parece ser bem legal passar uma tarde por lá.

O informativo do hotel B, onde ficamos hospedadas, traz também algumas recomendações para ir às compras. São eles:

Barranco

Dédalo (galeria citada neste post).

Miraflores

Fashion Designer Sergio Dávila – internacionalmente reconhecido. Decorou a recepção do Hotel B.

The Inka Market (mercado citado neste post)

Larcomar (shopping citado neste post)

Sol Alpaca – famosa pelo vestuário feito de alpaca.

San Isidro

Camusso – produtora de joias de prata. Fundada em 1933 pelo italiano Carlo Mario Casmusso.

Ilaria – um dos maiores produtores e distribuidores de peças feitas de prata. Várias lojas em Lima.

Kuna – roupas e acessórios feitos com alpaca.

Santiago de Surco

Shopping Jockey Plaza. Aberto em 1997.