Até breve, Londres

por Mel Reis
colaboração de Jaqueline Furrier

Londres encanta por ser a cidade dos palácios que, com a ajuda dos tabloides, nos faz ter a ideia de  a monarquia ser mais próxima de nós. É também, ao mesmo tempo, o novo graciosamente sobreposto ao antigo. Algumas vezes dá a impressão que são duas épocas no mesmo lugar. Eu adorei Londres e posso dizer que foi um dos meus melhores finais de semana. A temperatura, que beirava os 35°C ajudou, pois prefiro o calor. De novo, aproveitei que estava em Liverpool  para um  curso de verão  para dar um pulinho até lá. Fazer um curso na Europa pode proporcionar finais de semana incríveis como o que tive.

O trajeto Liverpool/Londres foi percorrido de trem (saída às 10:48/12:56) e a hospedagem no hostel Palmers Lodge Swiss Cottage, reservado pelo Booking.com com a maior facilidade. Apesar de ser um albergue e só ter conseguido um quarto para dividir com mais 11 pessoas, o lugar é muito bom e bem localizadoHá trens entre essas cidades a cada 20 ou 30 minutos. Pelo que pude ver a última saída de Liverpool se dá às 03:40, mas os intervalos entre os trens já se estendem para duas horas. Já o retorno de Londres deve ser até 1:30.

(Mais fotos no booking)

Como foram só dois dias, corri bastante para ver o máximo possível. Estava a três quadras da estação de metrô Swiss Cottage e foi muito fácil usá-lo, principalmente depois de baixar o aplicativo Tube Map, que funciona off-line também. Estava tudo ali, e as estações são muito bem sinalizadas.
O que fazer: como em qualquer cidade, numa primeira vez, é quase impossível deixar de lado os locais mais turísticos.

Onde comer: em qualquer lugar. Não posso indicar restaurantes, mas comi uma pizza num quiosque que estava maravilhosa. Também encontrei uma feirinha gastronômica, onde me deliciei com um frango apimentado.




No primeiro dia fiz um roteiro que consistia em visitar ou ver ao menos 8 locais. Acho que foi pouco até, mas o suficiente para me apaixonar mais uma vez pela cidade, onde já tinha estado, por só um dia, numa conexão vindo de Istambul.Saí na estação Westminster e segui para a Parliament Square, com a Suprema Corte ao leste e a Abadia Westminster ao sul. A Abadia é belíssima, mas infelizmente deixei para ver no retorno e, por passar das 15:00, já estava fechada. Nunca faça isto. Sempre que quiser fazer algo, faça na primeira oportunidade que tiver, deixar para depois pode lhe custar a visita.

Abadia Westminster
Atravessando o o St. James Park Lake, cheguei ao Buckingham Palace a tempo de ver a troca de guardas.
 
É importante não chegar após às 11h para conseguir ver de perto os guardas e é bom se posicionar do lado esquerdo do portão. 
 
 
Após a troca de guardas, voltei no sentido da Trafalgar Square e lá, além de subir no leão, que é quase obrigatório, visitei a National Gallery e brinquei com os artistas de rua. Achei incríveis os espaços reservados para as obras renascentistas.
Conheci dois brasileiros na praça que praticamente me arrastaram pelas ruas de Londres, entrando e saindo de lojinhas de souvenir. Apesar de muito simpáticos e prestativos, tive que fugir para ver outros lugares. Se comprar for o seu programa no dia, você pode perder tempo nisso e depois seguir para a Oxford Street. 
Me deparei com uma bela surpresa ao caminhar sem roteiro e encontrar uma feirinha gastronômica, no Southbank Centre – Festival of Neighbourhood. Parei um pouco para almoçar e tomar uma cerveja.
Como o inusitado acaba sendo uma das melhores partes das viagens, ao menos para mim, comecei a folhear a revista com os eventos e resolvi assistir a um espetáculo do Cirque Alfonse, companhia circense originada em Quebec, chamado Timber!, no prédio Elizabeth II, no Southbank mesmo. Foi ótimo, porque o uso da madeira no espetáculo e o esforço despendido para serrá-la, jogar de um lado para o outro recarregou as minhas energias. Tudo é feito por uma família, com direito a até vovô arremessando as toras. Saí de lá renovada. 
 
 

O dia não podia ter terminado melhor, com a cidade me desejando uma boa noite. Corri através de um parque de diversões muito charmoso e de lá para a London Eye.

Consegui pegar o último horário, às 20:30, e, apesar da chuva, aproveitar a vista para o Big Ben e de todo o resto da cidade. A compra dos bilhetes, pode ser feita antecipadamente de duas maneiras: através do site e no guichê próximo ao local. Veja o que quer fazer, porque dá para economizar comprando bilhetes combinados com outras atrações, como Sea Life Aquarium e museu de cera Madame Tussauds

O segundo dia foi mais preguiçoso, até por ter de pegar o trem às 19:00, a programação foi mais curta. Como já tinha ido às lojas na Oxford Street, ao Marble Arch e utilizado o Sightseeing para ter um panorama da cidade, quando passei um dia em Londres em 2011, procurei visitar os museus. 

A empresa The Original Tour oferece 3 rotas, com 2h15 de duração cada. Faça a rota vermelha ou a amarela para ver a cidade. O áudio-guia em português só é oferecido na vermelha. Já a rota azul é dedicada aos museus. Aliás, recomendo que use o tour de ônibus para chegar aos lugares e ter essa visão geral, mas não fique o dia inteiro nele.

Nessa visita, a primeira parada foi na estação de metrô South Kensington para ir ao Museu de História Natural. Enfrentei uma fila de 1:30, mas que valeu muito a pena. O museu abre todos os dias das 10:00 até às 17:30 e a entrada é gratuita.

A construção imponente e o fato de ter milhões de itens catalogados, além, é claro, das exibições temporárias, podem dar uma ideia da sua imensidão. Fui ao museu com o principal objetivo de ver a exposição em preto e branco do nosso Sebastião Salgado, ‘Genesis’. Florestas tropicais, savanas, povos isolados da Amazônia e aldeias, desertos, geleiras, ilhas solitárias. Estava tudo lá para se apreciar. Ótima escolha, pois as fotografias são incríveis.  

















Muito perto desse museu está o Victoria and AlbertMais modernista, contava com uma exibição do David Bowie e a Treasures of the Royal Courts (Os Tesouros da Corte Real).

Resolvi caminhar um pouco pelas proximidades. Gosto de observar a cidade e o comportamento das pessoas. Encontrei um oratório. Apesar de não ter ideia, descobri depois que,  construída entre 1880 e 1884, a  Igreja do Imaculado Coração de Maria é famosa.

Entrei, agradeci o que tinha vivido até aquele momento, acendi uma vela e fui embora.

No caminho de volta ao hostel, parei para almoçar/jantar e percebi que já era hora de arrumar a mochila. O boa noite não foi tão bom quanto o do dia anterior, mas, até a próxima visita, as recordações continuarão guardadas. Só posso dizer um até breve, Londres.

 

 

By | 2015-02-26T12:00:33+00:00 novembro 22nd, 2013|Europa, Grã-Bretanha e Irlanda|0 Comments

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