por Jaqueline Furrier – colaboração Mel Reis
Adorei explorar novamente Amsterdã, cidade onde tinha estado uma única vez, há mais de duas décadas. Viajei somente com meu marido e ficamos três noites. Tivemos dois dias inteiros para visitar seus principais pontos turísticos, antes de começar o pedal pelo interior dos Países Baixos, tema do blog de maio
Como alguns museus ficam abertos até a noite, foi possível visitar as principais atrações e, ainda, fazer um tour de bike e outro de barco, para ver a cidade pelas perspectivas dos locais e muitos turistas.
Onde ficar:
Ficamos do The Dylan, afiliado da Small Luxury Hotels. O hotel é agradável, no estilo cool, bem localizado, em frente a um dos canais, com bons banheiros e quartos de tamanho médio, mas caro.
Ouço falar muito bem do Conservtorium, próximo a região dos museus, do W Hotel, na área mais central, e acabei de ler uma matéria sobre a inauguração do primeiro Kimpton Hotel na Europa, na área central da cidade, mais próximo à estação de trem. Todos eles valem ser checados.
Eu acho que ficar na parte central, entre os canais, mais conveniente, mas como a cidade conta com bom transporte público, não atrapalha ficar para além desse perímetro.
Pelo booking tem muitas ofertas, que parecem legais, mas notei que os preços são mais caros que muitas outras capitais europeias.
A Backroads, operadora do nosso programa de bike, sugere os seguintes hotéis:
Seven One Seven (5*), De l’Europe (5*), Intercontinental Amstel Amsterdam (5*), The Grand Amsterdam – Sofitel Legend (5*), Ambassade Hotel (4*) e Dikke&Thijs Fenice Hotel (4*)
Como circular:
É possível reservar táxi do aeroporto para a área central por EU 39. Se não fizer reserva vai gastar entre EU 65 e EU 75. Não fiz reserva e me arrependi.
Se quiser fazer como os locais, circule sempre de bike. Eu usei bastante o Uber e recomendo. Os carros, mesmo do Uber X, são bons e o preço é quase a metade do preço do táxi.
Percorre-se a pé toda área central com certa facilidade.
Onde comer:
Se quiser fazer uma refeição completa, também vai gastar, na média, mais do que em muitas capitais europeias.
No final do post, você encontrará um mapa dos lugares citados no post e também a localização de todos os restaurantes estrelados e Bibi Gourmand do Guia Michelin 2017.
Nós visitamos os seguintes:
MOS: 1* Michelin com preço razoável. Fica fora da zona central, em A’Dam Toren, e tem uma bela vista do Museu do Cinema. A decoração é elegante, mas sem ostentação e a comida é preparada com requinte, mas não chega a surpreender. O serviço é excelente e nada afetado. Essencial fazer reserva com alguma antecedência.
Bistrot Neuf: Bem no estilo francês, está situado na região central, numa área descolada, próxima à estação de trem. Fomos no almoço sem reservar e estava tranquilo. Bibi Gourmand, desde 2014, tem um menu de almoço com ótimo preço (EU 19,50 para 2 pratos ou Eu 25 para três). A noite o menu de três passos salta para EU 33,50, o que ainda é excelente. O menu a la carte também tem bons preços, assim como a vasta carta de vinhos.
Envy: Outro Bibi Gourmand, mas um pouco mais caro que o Bistro Neuf. Tem ambiente descolado e vive lotado. Todos os pratos são servidos em pequenas porções, não havendo diferenças entre entradas e pratos, que são variados. Reservar é essencial.
The Café: localizado no átrio do Rijksmuseum, serve pratos de museu um pouco mais elaborados do que a média.
Bom mesmo e super reconhecido é o Rijks, que também fica no mesmo museu e tem 1* Michelin, com preços convidativos, principalmente o menu do almoço por EU 37,50. Não conseguimos ir, pois na semana que lá estávamos havia um festival com chefes estrangeiro com reservas esgotadas, mas vale a pena conhecer. Reservar é essencial.
Ron Gastrobar: Adoramos este lugar com cara de bar e comida estrelada (1* Michelin), bem fora do circuito turístico. Fomos num sábado a noite e não vimos turistas. Comida sem frescura, mas preparada com técnica. Pratos para dividir com preços excelentes pela categoria. Carta de vinhos idem.
O que ver:
A cidade tem uma infinidade de museus, parques e prédios para visitar. Fizemos o que entendia ser imperdível, mas as escolhas obviamente dependem do gosto de cada um.
Sugiro, no entanto, que reserve tudo com antecedência, pois as filas das atrações são sempre longas.
Segue meu roteiro para os dois dias. No final, estão os links de atrações que não fomos, mas que são populares.
Segue meu roteiro para os dois dias. No final, estão os links de atrações que não fomos, mas que são populares.
Dia 1 – Começamos com um passeio guiado de bike, que passa pelos principais pontos turísticos, para nos situarmos.
Contratamos a Yellow Bike Tours and Rentals pelo site GetYourGuide, mas pode fazer diretamente com eles. O tour de duas horas dá um bom panorama da cidade. Não é preciso ter preparo físico, pois há diversas paradas para apresentar as diversas atrações da cidade.
Essa empresa oferece outros tours mais longos pela cidade e também pelos arredores de Amsterdã.
Terminado o tour, almoçamos e seguimos de bike, alugada da Yellow Bike com desconto, por mais 4 horas. Pedalamos para o lado leste da cidade, beirando o canal, rumo ao mar, até uma área residencial. Nos perdemos um pouco, pois a ideia era ir ao Museu Marítimo, mas passamos a entrada e não deu tempo.
Voltamos para o centro da cidade e pedalamos por entre canais até a Casa de Rembrandt , que visitamos. O tour pela casa onde morou o famoso pintor leva no máximo 1 hora e é interessante.
Na volta paramos na Praça Dam, onde está localizado o Palácio Real de Amsterdã, que pode ser visitado, quando não está fechado para eventos reais. Havia um verdadeiro parque de diversões instalado na praça.
Neste mesmo dia, ainda fomos ao Museu Van Gogh, para o qual tinha comprado entradas antecipadas para as 19h00. Este museu é imperdível. Foi totalmente remodelado há quatro anos (2013) e conta com uma expressiva coleção de pintor. A exposição abrange todas as suas fases e ainda tem obras de pintores contemporâneos a ele. Sem contar a arquitetura do museu que é belíssima.
Vale passar pelo restaurante. Paramos apenas para um café, mas as opções expostas me pareceram bastante apetitosas.
Dia 2 – Com tickets comprados também pela GetYourGuide, começamos o dia com um passeio de barco pelos canais. O tour dura 1h15min e mostra a cidade de outro ângulo. Acho que é um passeio imperdível. Fizemos o tour convencional, mas tem companhias que fazem tours com festa, como a Amsterdam Party Boat – Mad Fund. Vi vários deles percorrendo os canais e achei bem animado.
Depois do barco, seguimos para o Museu Rijksmuseum, que fica logo em frente ao ponto de partida e chegada do cruise. Vale a pena comprar com a Get Your Guide o combo barco e museu sem fila.
O Rijksmuseum também foi reaberto em 2013, depois de ficar fechado por 10 anos. Tem um coleção incrível, principalmente, de pinturas de diversas épocas, com enfase nos pintores Holandeses e Flamengos.
Não deixe de pegar o audioguide gratuito. Seguimos o percurso highlights que demora mais ou menos 2 horas e foi suficiente para ter uma boa visão de toda coleção.
Do museu, seguimos a pé até a área central novamente, passando pela Westerkerk Church e pela Casa de Anne Frank, cuja visitação com hora marcada pode ser agendada com até dois meses de antecedência, que é quando uma data fica disponível. Os tickets, que evitam longas filas, são vendidos rapidamente.
De lá fomos até o Red Light District, que fica numa zona central bastante movimentada. Acho deprimente, mas como faz parte do imaginário da maioria dos turistas, vale checar.
Para quem tem mais tempo na cidade, as atrações são muitas. Entre elas vale destacar:
Het Scheepvaartmuseum (Museu Marítimo): não deixe de visitar, principalmente se estiver viajando com crianças. O tour de barco passa em frente da barco da época dos descobrimentos que fica atracado no pier do museu e pode ser visitado.
The Begijnhof: um enclave do século XIV, bem no centro da cidade.
Heineken Experience: tour guiado com prova de cerveja e queijos, pela mais antiga fábrica da famosa cervejaria.
Para quem é fã de arte, vale conferir, ainda, o Stedelijk Museum, considerado um dos mais inovativos e interessantes museus de arte moderna do mundo, e o Museu Moco, com foco em pintura contemporânea.
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