O reino do Butão

Butão

Por Jaqueline Furrier – Colaboração Mel Reis

O pequeno reino do Butão foi um dos lugares que visitei nas férias que se iniciaram no final de dezembro de 2015 e se estenderam até janeiro de 2016. Nos 23 dias de viagem, visitamos, ainda, Mianmar e Cingapura, que serão temas de outros posts, além de uma parada necessária de um dia em Bangcoc. Viajei em companhia de meu marido e filha de 7 anos, de uma amiga solteira e um casal de amigos com filhas jovens adultas. Todos gostaram muito dos programas.

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O Butão tem a dimensão da Suíça e população de 700 mil habitantes. Fica encravado entre as gigantes China e Índia em uma das áreas mais remotas e inalteradas do mundo. É o ultimo reino budista a sobreviver e por tudo isso é considerado uma das últimas fronteiras do planeta.

Geograficamente se estende do gigantesco Himalaia ao norte até longas planícies no sul. O país é cortado por rios que formam imensos vales e passagens, onde se concentram suas pequenas cidades e vilas e também recebem a maioria dos turistas que por lá se aventuram.

A sua economia tem como primeira fonte de recursos energia elétrica vendida para a Índia, turismo e arroz e, apesar ter mais vínculos culturais com o Tibete (atual China), tem na Índia seu grande aliado econômico e político.

Somente recentemente se tornou uma monarquia constitucionalista, mas a figura do rei é imensamente cultuada, o que o faz ser idolatrado por todos os súditos e ter ainda controle sobre o país, apesar do intento democrático.

Para visitar, acho indispensável gostar de caminhadas e estar aberto para apreciar um jeito diferente de ver o mundo. A paisagem é bem bonita, mas não diria que é de tirar o fôlego, os monastérios e prédios públicos são bem preservados, mas tudo é bem mais simples do que se vê no restante do continente.

O Butão, mesmo tento hoje o turismo como sua segunda fonte de renda, ainda é um pais muito fechado e poucos são os turistas. Diria que a essência da viagem é a experiência cultural.

Além da localização remota, o custo do visto é também um empecilho para muitos visitantes. Somente os hindus não são obrigados a pagar as taxas reais (USD 65 por dia por pessoa, o visto (USD 40 por estada) e a taxa de turismo (USD 10 por estada). A política do país, que tem como um dos seus pilares a sustentabilidade, fez a escolha por um turismo de alta renda em detrimento de um grande número de pessoas. Então, prepare-se tudo é caro!

Para se chegar ao Butão

Todos os voos que chegam ao Butão são da empresa nacional Drukair e, mesmo os que partem de cidades não indianas (Bangcoc, Cingapura e Katmandu) fazem uma escala naquele país. Os voos não são diários e podem ser alterados.

Embora tenhamos viajado do Brasil para a Ásia pela Singapore Airlines, partimos para Paro a partir de Bangcoc, por conta das datas que tínhamos para cada local. O voo Bangcoc para Paro (+1 hora de fuso), única cidade que recebe voos internacionais, é de 3 horas com escala em Brogradora (India) e avião é bom. Como ficamos nos hotéis da rede Aman (ver abaixo) eles providenciaram os voos e vistos, o que facilitou bastante.

A Singapore Airlines sempre está entre as top 3 cias aéreas do mundo pela Skytack, que distribui um tipo de Oscar para  aviação,  e é, sem dúvida, a melhor cia que já voei (minha segunda experiência com eles). Voam a partir de São Paulo para Cingapura com escala em Barcelona.

O voo até Cingapura é da seguinte forma: 10h30 de SP a Barcelona e mais 12h40 até Cingapura. A escala em Barcelona é bem rápida (menos de uma hora), mas todos descem da aeronave e depois reembarcam. Eu viajei de executiva e minha filha de filhas e outras pessoas do grupo na econômica, mas em todas as classes o conforto e a alimentação são muito acima da média das demais cias aéreas, além disso e o preço é bem competitivo. Vale a pena checar sempre que seu destino for a Ásia ou mesmo uma cidade europeia a partir de Barcelona.

Melhor época

O Clima varia muito de estação para estação, mas é possível visitar o país durante todo do ano. O outono e o inverno (quando fomos) são secos, com temperaturas durante o dia variando entre 12° e a -20°C. Na verdade as baixas temperaturas só ocorrem mesmo na madrugada e em lugares de maior altitude, durante o dia é bem agradável. Na primavera sobem um pouco (entre 16°e 30°C). No verão há chuvas principalmente no período da tarde e as temperaturas variam entre 22° e 26°C durante o dia.

Onde ficar

Em razão de o turismo estar voltado basicamente aos hindus e turistas de alta renda, há pequenos hotéis e pousadas que praticamente recebem só os hindus e hotéis de luxo em busca do turista ocidental e/ou de alta renda.

Escolhemos os lodges Amankora da rede Aman, que é especializada em hotéis de luxo em locais remotos. Eu nunca tinha ficado em um hotel dessa rede e me surpreendi em todos os aspectos. O preço é altíssimo (USD 1550 por noite a acomodação para duas pessoas, mais 20% de taxa de serviço), mas valeu cada centavo.

Se puder, não tenho dúvidas de que é a melhor escolha, pois é a única rede internacional no país que oferece uma vasta gama de serviços em cinco dos seus vales.

Em algumas cidades há outros hotéis de categoria internacional (Como, Taj e Meridien), assim como hotéis independentes. Nessa categoria, vale dar uma olhada no Dhensa Boutique Resort (Punakha)  e no Hotel Norbuling, em Thimphu.

A Experiência Amankora:

A rede possui cinco lodges em cinco vale diferentes: PARO, THIMPHU, PUNAKHA, GANGTEY e BUMTHANG.

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Eles recomendam uma estadia de 11 dias para que se possa conhecer todos os lodges. A partir de 7 dias é possível ficar em quatro deles e ter algumas regalias incluídas no preço da diária: motorista e guia privado, por quarto, e uma massagem por pessoa em qualquer um dos lodges.

Como não tínhamos 7 dias, mas éramos muitos, nos ofereceram as massagens, mas pagamos USD 100 por dia para uma van com motorista e guia e outros USD 60 por dia para um carro fazer o transporte das malas. Fiz toda a reserva diretamente com o Amankora por email e funcionou super bem.

Por conta das distâncias entre os lodges e a quantidade de dias que tínhamos, hospedamo-nos em três dos cinco lodges (veja roteiro abaixo).

Eles estimam a seguinte duração das viagens entre os lodges, sem considerar qualquer parada. Vá preparado para longas jornadas.

Paro Thimphu Punakha Gangtey
Paro 1.5 horas 4 horas 6 horas
Thimphu

 

1.5 horas 2.5 horas 5 horas
Punakha 4 horas 2.5 horas 2.5 horas
Gangtey 6 horas hours 5 horas 2.5 horas
Bumthang 10 horas 8 horas 6.5 horas 5 horas

No final do post trazemos a descrição que o próprio hotel faz de cada um desses lodges. Achei as descrições do três que conheci (THIMPHU, PARO e PUNAKHA) bem fiéis ao que lá encontrei. Todos eles têm o mesmo estilo de suítes, extremamente confortáveis e amplas, variando mais a área comum e a quantidade de quartos. Em todos o serviço foi impecável e a comida muito boa.

São oferecidas em todas as diárias diversas atividades. Não conseguimos fazer todas as sugeridas por dia, pois são muitas e para que se dê conta de todas calculo que seja necessário sair do hotel até às 8h00 e retornar depois das 17h00. Então se é daquelas pessoas que não quer perder nada, prepare-se para longos dias ou fique mais tempo em cada lugar. 

Nós começamos os programas sempre por volta das 9h00, às vezes um pouco mais tarde e retornamos para almoçar, em alguns dias fazendo outros programas depois do almoço e em outros não.

Além das atividades fora do hotel, sempre havia algo no próprio hotel como propostas para finais de tarde ou início da noite.

Os horários das refeições não são delimitados o que é ótimo. Também é possível pedir no quarto sem custo adicional.

Abaixo, colocarei o roteiro sugerido e o que conseguimos fazer.

Dia 1 – Chegamos a Paro por volta das 13h10 (o voo saiu sem atraso de Bangcoc) e nosso motorista e guia já nos aguardavam no aeroporto para nos levarmos à capital do país, THIMPHU. A ideia é deixar Paro como último ponto da estadia, pois fica mais fácil de não se atrasar para pegar o voo de retorno.

Saímos do aeroporto por volta das 14h00 para uma viagem de 1h30min até o lodge de THIMPHU. Depois de nos acomodarmos, sentamos para almoçar. Em todos os lodges o menu do almoço é a la carte e o do jantar oferece ao menos uma opção de menu  com alguns passos. Estão incluídas diversas bebidas alcoólicas e não alcoólicas.

No Amankora de Thimphu, o chef é americano e o menu tem uma pegada Thai e opções ocidentais. Eu gostei bastante, mas não agradou todos da turma. 

O roteiro proposto sugeria algumas visitas na cidade após o almoço, mas na verdade é quase impossível, ao menos no inverno, pois quando acabamos de comer já eram 16h30min e quase anoitecia. Preferimos ficar no hotel e neste dia assisti e uma palestra sobre budismo, dada por um monge.

Dia 2 – Pela manhã, seguimos a proposta de fazer hike até Cheri Goemba, onde se estabeleceu o primeiro corpo monástico do país em 1620. Para se chegar lá, uma van percorreu 40 min de estrada e fizemos uma caminhada de 1h30min para subir, com alguns pontos bem íngremes, e 1h00 no retorno, .

Como não saímos muito cedo, voltamos diretamente da caminhada para almoçar no hotel, sem pararmos em Pangri Zampa, uma escola de astrólogos que fica num prédio do século XVI, que fazia parte do programa.

Depois do almoço, a proposta inicial seria visitar Trashi Chhoe Dzong, sede do governo e escritórios reais, mas ficou tarde e acabamos por ver as instalações apenas do lado de fora e irmos visitar as atrações que não tínhamos feito no dia anterior, tais como National Memorial Chorten, um dos principais monumentos da cidade. “Chorten” (Estopa) quer dizer lugar de fé e os budistas chamam este tipo de construção como a mente de Buda. A qualquer hora do dia, encontrará pessoas comuns circulando o monumento (sempre no sentido horário). É um ritual de fé e deve-se contornar ao menos três vezes.

Nesta mesma tarde, visitamos a gigantesca estátua dourada de Buda (Buddha Dordenma Statue), situada no topo de um morro no Parque Natural de Kuenselphodrang. Todo o complexo foi recém instalado e confesso que achei de mal gosto, mas a vista do vale é bem bonita.

De lá ainda seguimos para conhecer um centro de tecelagem, uma fábrica de papel e um atelier de pinturas (essencialmente mandalas). Tantos os tecidos como os papéis são produzidos de forma bastante arcaica. É interessante de ver, mas não diria que é imperdível. Além disso, os tecidos são caríssimos, assim como são as mandalas.

Também fomos ao correio local, onde é possível produzir selos oficiais com sua foto, e passeamos pela rua principal de comércio. Há algumas poucas lojas de qualidade, mas nada de cair o queixo ou com um design bacana, além disso os preços são bem acima do que se paga pelo mesmo tipo de objeto em muitos países asiáticos.

Ainda estava na proposta do hotel visitarmos o Folk Heritage Museum e a National Library and School of Arts and Crafts, mas como escrevi acima, é praticamente impossível dar tempo de fazer todos os programas em dois dias.

Dia 3 – Como o dia seria longo, saímos mais cedo do hotel, por volta das 8h30min, rumo a PUNAKHA. A viagem, através de vales com paisagem dramática e terra rica em agricultura, é muito longa e cansativa. Embora o quadro acima cite 2h30mim, a estrada é péssima e com duas paradas, levamos quase 7 horas.

A primeira parada, uma hora mais ou menos depois de partirmos, foi para uma caminhada de 0h40min para visitarmos o Monastério Hongtsho Goemba. Depois disso, percorremos mais ou menos outras duas horas de uma estrada sinuosa até chegarmos a Dochula, uma passagem (3.050m) entre vales que oferece uma vista panorâmica dos Himalaias. No local há, ainda, 108 chortens, o templo Druk Wangyal Lhakhang e um café/restaurante.

De lá percorremos mais duas horas por uma estrada em obra, na maior parte descida, até o vale de PUNAKHA. O lodge está localizado depois da pequena cidade, à margem do Mo Chhu (rio fêmea). Foi o menor lodge entre os que nos hospedamos e a área comum fica em torno da casa e do pátio de uma fazenda restaurada. Talvez seja o mais original deles.

Como a viagem foi muito mais longa do que pensávamos e era véspera de natal, não fizemos os programas propostos para aquela tarde, até porque não daria tempo. Optamos por um almoço tranquilo na área externa com vista para rio e depois apenas uma pequena caminhada a beira deste.

O chef neste lodge é argentino e foram nossas melhores refeições. No almoço tudo era fresco e a pegada do menu latina. Comemos tacos, empanadas, ceviche e salada. O jantar de véspera de Natal, precedido de um coquetel com apresentação de dança típica, foi também bastante especial, como se pode ver no menu. Tudo estava delicioso.

Dia 4Combinamos parte da proposta do dia anterior com a sugerida para esse dia e nossa primeira parada foi o um monastério de noviças fundado pelo pais das rainhas mães, que nos foi apresentado por uma monja adolescente.

De lá seguimos para visita o Punakha Dzong, que é a segunda maior e segunda mais antiga Fortaleza Monástica (Dzong) do país e talvez a mais importante. Até 1955 era o centro do governo do Butão (mudado nesse ano para Thimphu) e, ainda hoje, serve de residência de inverno ao líder monástico com seu entourage de monges e lá estão também os restos mortais do primeiro rei do país, Shabdrung Nawang Namgyal.

Quando terminamos a visita, fizemos uma pequena caminhada pela cidade, mas não há nada de especial para ser visto.

Retornamos no hotel para um almoço tardio e aproveitamos o final do dia para relaxar, pois o dia seguinte seria mais uma vez longo.

Dia 5 – Saímos por volta das 9h00 rumo a Paro, mas antes visitamos o um mercado de rua em Khuruthang. De lá, já na estrada para Paro, fizemos mais uma parada de 1h30, para visitar o Chimi Lhakhang (Monastério da Fertilidade). Fundado em 1499 é até hoje visitado por inúmeros casais que querem engravidar ou para receber uma benção.

De lá foram mais 2h30 minutos até Thimphu, onde paramos para almoçar no Amankora e de lá seguimos por mais 1h30 minutos até Paro. A longa jornada nos fez chegar ao lodge de PARO somente ao anoitecer, sem tempo para quaisquer dos programas oferecidos no catálogo. Para aqueles que tinham ânimo, havia uma palestra com Ap Kinzang Lhendup, sobre Gross National Happiness and Contemplative Education, que é um dos pilares do governo do Butão moderno.

https://www.aman.com/resorts/amankora/lodges/paro

O chef deste Amankora é local e o menu apresenta opções a la carte internacionais e menu degustação de pratos locais. Na primeira noite provei as opções a la carte e na seguinte o menu. Gostei mais das opções locais.

Dia 6 – Foi o dia mais intenso, mas também o mais esperado. Por volta das 9h00 saímos do hotel rumo ao início da trilha que leva ao Monastério Tiger’s Nest (Taktshang Goemba). O conjunto de templos que é o principal cartão postal do país está situado na beira de um precipício a 800m das planícies de Paro e 3.120m do nível do mar. O lugar sagrado é destino de peregrinos de todo Butão e assim na trilha há muitos deles, sempre com suas roupas tradicionais, cujo uso é obrigatório a todos os Butaneses para adentrarem nos prédios públicos, assim como para quem trabalha no serviço público.

Depois de se chegar no estacionamento que dá acesso à trilha, é possível fazer a primeira parte do percurso em uma mula, trajeto que dura aproximadamente uma hora. Este modo de acesso foi escolhido por metade do nosso grupo. Eu o escolhi, pois, minha filha de 7 anos estava conosco, mas recomendo em todo caso. Ela fez o percurso só numa mula (elas não levam 2 pessoas, mesmo que uma seja criança). As mulas param no local onde está a única cafeteria da trilha e a partir dali o percurso é obrigatoriamente a pé. Levamos mais duas horas até chegarmos ao monastério. A trilha é longa e a parte final com centenas de degraus bem cansativa, mas é imperdível para quem visita o Butão. A descida é mais rápida, mas leva-se ao menos 1h30 min para fazê-la.

Embora o Amankora de Paro seja o maior e o mais sofisticado entre os que nos hospedamos, fica a mais de meia hora da cidade, o que dificulta a este retornar entre um passeio e outro. Por conta disto, nos foi proposto pelo hotel almoçarmos na casa de fazenda de um local. Eu sinceramente não apreciei a experiência, mas a maior parte do meu grupo gostou. O hotel cuida de tudo e o guia garante que a higiene é supervisionada pelo hotel.

De fato a sala onde fomos recebidos estava bem arrumada, mas o banheiro poderia até ser limpo para os padrões locais, mas não para os nossos. A comida também é bem pobre em opções e com muita pimenta. Vale a experiência, mas acho que se fosse somente uma visita para um snack seria mais apropriado.

Muito próximo ao local do almoço está situado o Templo Kyichu Lhakhang, um dos mais antigos e bonito do país. Acredita-se que foi construído em 659 por um príncipe tibetano. Como o local é pequeno a visita também é bem rápida.

Depois do almoço, seguimos para o centro de Paro, para vermos o comércio local. A rua principal é simpática, mas como em Thimphu, não há nada de realmente especial para comprar e a maioria das mercadorias à venda vêm da Índia. Retornamos ao hotel somente no final do dia e exaustos.

Dia 7 – Nesta manhã, aproveitamos para acordar mais tarde e dar uma volta pela propriedade, pois por volta do meio dia fomos levados ao aeroporto para embarcarmos para Bangcoc. Antes, porém, um monge foi abençoar na nossa partida.

O que mais gostei e de alguma forma o que me chamou a atenção foi o fato de os habitantes do Butão ainda estarem tão envolvidos em suas crenças. Não é só uma questão de fé no Budismo, e sim de se acreditar nas lendas que envolve a difusão dessa crença no país.

Abaixo seguem os detalhes da cada um dos lodges, como constam no folder do hotel. Como disse acima, as descrições daqueles em que me hospedei são bem fiéis.

AMANKORA PARO

Situated in Balakha Village, 30 minutes from Paro International Airport, the 24-suite Amankora Paro contrasts rustic elements with contemporary design. Its architecture features natural rammed-earth walls, gently sloping roofs and wood- panelled interiors. Centred by a large flagstone courtyard, a lime-washed stone pavilion houses the living and dining room facilities, library and outdoor terrace, all warmed by fireplaces.

Suites feature a combined lounge and bedroom that is furnished with a king-size bed, banquette window-seat and reading chair. In one corner is the traditional bukhari, a wood-burning stove. Opening from the bedroom is the spacious bathroom which is dominated by a large terrazzo-clad bath, flanked on one side by twin vanities and hanging space, and on the other by a separate shower and toilet.

Appointed with comfortable sofas and lounge chairs, the Living Room features floor-to-ceiling glass windows. These reveal a forest of blue pines, the 17th-century Drukyel Dzong and Mount Jhomolhari which soars to over 7,300 metres. The warm and cosy ambience makes this an ideal spot for sipping drinks and swapping tales. The adjacent Library provides a range of books on Buddhism and local lore, textiles and the Himalayas. Complimentary Internet access is also available through an in-house laptop. A selection of traditional Bhutanese handicrafts, textiles and clothing is available in the small Boutique.

Located below the Living Room, the Dining Room opens onto an external terrace which overlooks a small stream. Views extend to snow-clad Jhomolhari and the ruins of the ancient dzong. Classic simplicity of form meets a warm ambience with communal tables and dark wood walls reflecting historic Bhutanese motifs. Amankora Paro’s Dining Room serves breakfast, lunch and dinner, specialising in Indian, Western and Bhutanese dishes.

Behind the main cluster of buildings is the Spa which is set on two levels. The upper level contains an arrival area, changing rooms, a sauna, steam room and glass-walled yoga studio. Steps descend to the lower level which houses one double treatment room and four single treatment rooms, each fitted with a shower and unique outdoor bath.

AMANKORA BUMTHANG

Adjacent to the first and second King of Bhutan’s palace, Wangdich- holing, Amankora Bumthang lies within the town of Jakar in the Choekhor Valley in an area commonly known as Bumthang.

Access to Amankora Bumthang passes alongside the former royal sports ground of Bhutan’s first two kings, a traditional and much-used archery area, and circles a stately peach tree. The lodge is surrounded by an apple orchard and features pear trees along its boundary with the Palace. A dzong-inspired hallway at the lodge’s entrance opens onto a Library and a comfortable Living Room appointed with lounge chairs, daybeds and a traditional bukhari. Floor-to-ceiling windows offer views of a landscaped courtyard adjoining the shared Palace grounds. Adjacent is the regally-appointed Dining Room with its soaring ceiling. Outdoor dining areas under the shade of local fruit trees are also provided in the courtyard. The Spa, located just above the entranceway, offers three intimate treatment rooms, a steam room and changing areas. Accessed through an impressive stone-clad hallway, 16 guest Suites are situated in four separate structures, each containing two suites on the ground floor and two on the upper floor. Each suite features wood-panelled interiors, a traditional bukhari, king-size bed, terrazzo-clad bath, shower, twin vanities and a daybed overlooking the courtyard and nearby Wangdichholing Palace and monastery.

AMANKORA THIMPHU

Situated in a blue pine forest in the upper reaches of the Motithang area of the Thimphu Valley, the 16-suite Amankora Thimphu is close to the capital’s sights and shopping, while remaining a quiet retreat away from the hustle and bustle of the Kingdom’s main commercial centre. The resort’s dzong-inspired architecture incorporates white- washed stone buildings accessed through an enclosed arrival courtyard. Stairs lead from this entryway to a combined Living and Dining Room with soaring ceilings and wood-panelled walls.

An outdoor dining deck provides views of the nearby stream and surrounding forest. The Spa features three treatment rooms (two single and one double), a steam room and changing areas.

Suites combine a bedroom and lounge, and feature a king-size bed, a reading chair and a window banquette. This provides views across a landscaped courtyard, or of the stream and pine forest. A traditional bukhari is positioned between the bedroom and the bathroom. The suite’s interior features wood panelling and chocolate brown walls. The spacious bathroom opens from the bedroom and provides twin vanities, separate shower and toilet, hanging space and a terrazzo-clad bath.

AMANKORA PUNAKHA

Situated a short drive north of the impressive 17th-century Punakha Dzong and Puntsho Pelri Palace, Amankora Punakha is accessed by crossing a suspension bridge over the Mo Chhu (Mother River).

A short walk or drive takes guests to the large compound designed around a traditional Bhutanese farmhouse. This was built by a for- mer Je Khenpo (Chief Abbot of Bhutan) as a residence to oversee the surrounding rice paddies and fruit orchards. The quaint, three-storey structure with its preserved vegetable-dye wall paintings is now the combined common guest area. The Dining Room is situated on the ground floor, and the upper floors offer intimate relaxation areas and a traditional altar room for prayer and meditation. The Courtyard of the farmhouse is suitable for outdoor dining and relaxation during Punakha’s temperate months. Adjacent to the Courtyard is a Tea Pavilion that was once the kitchen of the summer palace. Beyond this is the two-storey Spa which provides a yoga/meditation room on its upper level with open views of the surrounding rice paddies, and two private treatment rooms, a steam room and changing areas on the lower level. Identical in Bhutanese-inspired design to those of Amankora Paro, eight Suites are located in three, rammed-earth buildings set in an orange orchard with views across the rice paddies and up Punakha Valley.

AMANKORA GANGTEY

In the picturesque but little-visited Phobjikha Valley near the village of Gangtey, the eight-suite Amankora Gangtey is set on a forested knoll with sweeping views of the broad valley and the 16th-century Gangtey Goemba (monastery).

Lodge accommodations and guest facilities are housed together. The combined Living and Dining Room features cosy chairs, sofas and family-style dining tables, all looking out through floor-to-ceiling windows over the valley and surrounding mountains. Spa facilities consist of two massage treatment rooms and changing areas on the lodge’s ground floor.

The eight Suites are identical to those of Amankora Thimphu, providing an open-plan living and bedroom area with views across the valley.

By | 2016-09-25T08:57:41+00:00 março 11th, 2016|Ásia, Butão|0 Comments

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