Longas férias parte 3 – Ha Long Bay

Home/Continentes/Ásia/Sudeste Asiático/Longas férias parte 3 – Ha Long Bay

Longas férias parte 3 – Ha Long Bay

por Jaqueline Furrier colaboração Mel Reis
Da série de seis postagens sobre minhas férias pelo sudeste asiático, esta é dedicada ao cartão postal do Vietnã, a baía de Ha Long, aquela imagem que vem a cabeça quando se pensa no país e que de fato é paradisíaca.
 
Foram três dias de programação que começou no dia  26.12, por volta das 8:30, quando fomos pegos no hotel em Hanoi por um ônibus que nos levou até Ha Long.  O trajeto entre Hanoi e Ha Long é cansativo (4 horas) e não tem nada de especial no caminho. Portanto, acho que não valem a pena os programas de um dia que são oferecidos a partir de Hanoi. São 8 horas no carro e 4 horas na baía. Também acho sedutor ficar hospedado na cidade de Ha Long e fazer passeios diurnos pela baía, pois a a cidade não tem nada de especial.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Baia de Ha Long merece um tempo para contemplação. São mais de duas mil ilhas que emergem de um mar esmeralda, no nordeste do país. É de uma beleza impar e para mim e pra a maioria dos meus companheiros de viagem, o seu ponto alto. Desde 1994, considerada pela Unesco como patrimônio da humanidade,  muitas de suas ilhas, quase sem praias, são dotadas de grandes cavernas, e a elas somente se chega de barco.

 

 
A melhor maneira de visitar a baia é pernoitando numa embarcaçãoExistem centenas de barcos na região com pacotes para todos os bolsos. Na sua maioria, os barcos são de madeira e têm design tradicional vietnamitas/chineses (junks), muitos com velas, mesmo que não as icem. São geralmente oferecidos tours de duas noites e um dia, ou três dias e duas noites, mas na verdade no tour de uma noite se permanece menos de 24 horas embarcado. Nós fizemos o de duas noites e é o que, sem dúvida, recomendo.
 
Como éramos 16 pessoas e reservamos com muita antecedência (mais de oito meses), conseguimos fechar uma embarcação inteira somente para nós. E que embarcação! O Paradise Peak, sugerido pela Trails of Indochinaoperadora local que nos reservou boa parte da viagem (sobre a agência, ver post de 31.01.13), e recomendado numa matéria da Condè Nast, é considerada a mais luxuosa embarcação de pequeno porte que navega por lá. Não nos decepcionou em nada.

 

 
O Paradise Peak tem oito cabines enormes (38m2 a 42m2), fora o banheiro quase do mesmo tamanho (uma verdadeira sala de banho). A decoração é bonita e seis cabines possuem varanda. Apenas as duas que ficam no primeiro deck é que têm abertura para a proa ao invés de varanda lateral ou frontal. 

 

O barco é equipado, ainda, com sauna, SPA, duas salas de massagem e uma pequena academia. Como área comum, há um restaurante, um bar e dois decks (o superior com chiasses). Como era inverno, fazer as refeições do lado de fora não era confortável, mas é possível optar por fazê-las tanto na área externa do restaurante como nos decks. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O serviço é atencioso e são 23 pessoas trabalhando onboard. Todas as refeições, incluídas no preço do cruzeiro, são a la carte, acompanhadas de bebidas não alcoólicas e vinho da casa, e podem ser feitas nas cabines sem custo adicional. A comida é de boa qualidade e centrada em peixes e frutos do mar. Comemos bem, principalmente quando optamos pelos pratos locais.

 
Todos os passeios são realizados com o acompanhamento de guias e também estão incluídos no preço do programa. O Paradise Peak, assim como os outros barcos da Paradise Cruise fazem cruzeiros regulares, de uma ou duas noites, e se pode reservar apenas uma cabine.
O roteiro do nosso programa foi o seguinte:
 
Assim que embarcamos, enquanto o barco navegava, nos foi servido um delicioso almoço com diversos frutos do mar e dadas explicações sobre as atividades oferecidas.
 
Às 15:30, com algum atraso, desembarcamos para visitar a Caverna Surpresa (Hang Sung So), uma das mais famosas. A caverna, na qual se adentra, depois de uma longa escada, tem três salas enormes que se percorre por uma trilha. Minha filha de 5 anos, participou deste e de todos os demais programas, portanto, nenhum empecilho em levar crianças nessa viagem.

Depois de terminada a visita, o barco navegou por mais ou menos 20min até a Ilha Titop (Dao Titop), onde uma escada de mais de 400 degraus deve ser percorrida para se chegar ao seu topo, de onde se tem uma vista deslumbrante de toda a baia. 

Pena que chegamos um pouco atrasados para o pôr do sol do alto. A ilha também tem uma pequena praia e  infraestrutura com bar e banheiro.

 
De volta ao barco, o jantar, com menu de três tempos, com duas opções de cada item, foi servido às 20:00. Também é possível pedir algo especial fora do menu sem custo adicional.
 
Para quem ainda tivesse disposição era possível fazer pesca de lulas.
 
No dia seguinte, para os madrugadores, foi oferecida uma seção de Tai Chi Chuan com o nascer do sol. Eu bem que gostaria de ter apreciado o sol nascendo diante daquela paisagem, mas a cama estava boa demais.
 
Depois do café da manhã, por volta da 10:00, desembarcamos para pegarmos pequenos botes a remo, cujos condutores, na maioria mulheres, pertenciam à comunidade que habita Vong Vien, uma vila flutuante de pescadores.   O programa de visitação é muito interessante por mostrar o cotidiano de mais de 1000 pessoas que vivem nas quatro vilas flutuantes da baia (as outras são Cua Van, Ba Hang, Cong Tau). 

 
Antes de retornarmos ao barco, ainda visitamos uma fazenda de cultivo de pérolas, onde era possível comprar jóias ou somente pérolas.
 
O almoço foi servido enquanto o barco navegava. Por volta das 15:00, chegamos na área da baia chamada de Dark or Light Cave (caverna clara ou escura), um local ideal para nadar ou fazer caiaque, apreciando a paisagem.  Na verdade não se trata de uma caverna propriamente dita, mas sim um grupo fechado de ilhas que formam um lago enclausurado, protegido de vento e conectado com o mar por um túnel. Fizemos caiaque e foi um passeio inesquecível.

 

De volta ao barco, tivemos a oportunidade a aprender fazer rolinhos primavera, em uma aula dada no deck. 

Para continuar no clima, antes do jantar, assistimos ao filme Indochina, que tem lindas sequências de cenas pela baia de Ha Long. Apesar de não ser um filme histórico, dá uma boa pincelada sobre como era o país no período em que foi colônia francesa, e vale ser visto antes ou durante a viagem. 
 
No dia seguinte, após a sessão de Tai Chi e antes do café da manhã, visitamos a Caverna Luon, que só pode ser acessada por pequenos barcos, pois tem apenas 4 metros de altura.   Passando pela caverna se acessa um lago enclausurado por encostas cheias de orquídeas e samambaias, habitadas por macacos dourados. Também é um bom ponto para  fazer caiaque.

De volta ao barco por volta das 8:30, tivemos uma hora e meia para fazer o check out e tomar café da manhã apreciando os últimos momentos daquela paisagem, pois o desembarque estava previsto para as 10:00.

 
Pelo que pesquisei, antes de ir e também por lá, além da Paradise Cruises, as boas empresas que fazem cruzeiro por Ha Long  são: Signature CruiseHeritage Line  e Âuco´ Cruise. Essas férias foram incríveis e de uma diversidade impar. Já relatamos aqui os 2 dias na cidade construída com o dinheiro do petróleo, Dubai (nossa conexão na volta) e a efervescência de Saigon e Hanói, com sua excelente culinária, o divertidíssimo tour de vespa e muitos locais que deixam a história do Vietnã mais próxima. Mas não terminamos por aqui. A próxima postagem, daqui a 15 dias, será sobre o pedal pelo Vietnã. Não perca mais esta aventura.
By | 2016-09-25T08:53:56+00:00 fevereiro 14th, 2014|Ásia, Sudeste Asiático|2 Comments

About the Author:

2 Comments

  1. […] 2. Saigon (Ho chi minh) e Hanói; 3. Ha Long Bay; 4. Hué e Hoi An; 5. […]

  2. […] de 31 de janeiro. Para ver os posts anteriores sobre essas férias, clique: Dubai Saigon e Hanói Ha Long Bay O pacote da Backroads, ao custo de USD 5980, começou em  Hanoi, em 29.12.13, a tempo para que […]

%d blogueiros gostam disto: