Férias em família na África: safári no Zimbábue

Por Jaqueline Furrier – Edição Mel Reis
Fotos João Carlos de Gênova

Em continuação aos posts anteriores (Cidade do Cabo e a Região Vinícola), sobre minha viagem em família no Natal e Réveillon de 2014/2015, vou contar um pouco como foi nossa experiência em lodges no Zimbábue, Botswana e África do Sul, neste e nos dois próximos posts.

Como os safáris eram o ponto alto da viagem, principalmente para as crianças (18, 15, 10 e 6 anos), deixamos para o final da viagem, para encerrá-la com chave de ouro.

O voo para a Victoria Falls, no Zimbábue, partia da Cidade do Cabo às 10:50 da manhã, então preferimos sair de Franschhoek na noite anterior e dormir no hotel do aeroporto.

A distância da região vinícola para o aeroporto é praticamente a mesma da área central da Cidade do Cabo até o aeroporto, então não vimos sentido em lá nos hospedarmos e, tampouco, em nos locomovermos de madrugada para chegar a tempo para pegar o voo.

A opção de dormir no hotel dentro da área do aeroporto da Cidade do Cabo se mostrou excelente, pois pudemos jantar em Franschhoek no dia anterior ao voo e em menos de uma hora estávamos no hotel. No dia da partida, acordamos meia hora antes da abertura do check in, sem qualquer stress.

O Hotel Verde Cape Town International Airport é padrão business, mas novo e confortável. Reservamos pelo Booking e o preço era excelente.

Zimbábue

Nossa primeira parada foi Victoria Falls, onde ficamos dois dias.

As cataratas, descobertas pelo missionário escocês David Livingstone, em 1855, ficam na divisa entre o Zimbábue e Zâmbia e são a maior queda única de água do mundo. Desde 2012 as quedas são consideradas patrimônio mundial pela UNESCO.

A nossa escolha pelo local se deu não só por conta das quedas, mas também para que as crianças pudessem fazer um safári em elefantes. Há ainda muitas outras atividades na região, principalmente para aqueles que curtem esportes radicais, como rafting, bungee jumping (o mais alto do mundo com 111 metros) etc… Veja as atividades oferecidas:

Todos os programas do Zimbábue, citados aqui, podem ser contratados com a Wild Horizons diretamente, que administra, além do The Elephant Camp, o Imbala Zambezi Safari Lodge, mesmo para os que não estão hospedados nesses lodges. Eles também oferecem programas que incluem os dois lodges e diversas atividades.

safari

O The Elephant Camp possui apenas 12 tendas, decoradas em estilo inglês, que acomodam 24 pessoas. Todas as tendas têm uma varanda com uma pequena piscina. Como, além do teto, os fechamentos laterais também são de lona, todo o quarto, banheiro inclusive, pode ficar aberto para a natureza.

A área comum também é uma grande tenda e ao fundo é possível vislumbrar o spray das cataratas.

As refeições, assim como bebidas em geral e o vinho da casa, estão incluídas na diária. Como nos demais lodges, o almoço é uma refeição leve e no jantar é oferecido um menu de três passos, com duas opções para cada passo. Dos lodges, esse foi o que ofereceu as refeições menos interessantes.

Dia 1

Como o voo da Cidade do Cabo atrasou, chegamos ao lodge por volta das 14 horas, a tempo para almoçar e nos acomodarmos, antes do programa reservado para aquela tarde.

Às 16:00 saímos para um passeio de barco pelo rio Zambezi. O “Sundower Cruisenavega pelo rio no final do dia para se ver o por-do-sol.

É um passeio clássico na região. Dura aproximadamente 1h30min e proporciona boa observação de pássaros e, com sorte, alguns animais. Nós vimos crocodilos e hipopótamos. Pude observar que há barcos de vários padrões e o nosso me pareceu o melhor, com cadeiras muitos confortáveis em torno de mesas. Éramos poucos a bordo e foram servidos alguns snacks e bebidas em geral.

Dia 2: Os elefantes

Para o tão esperado safari nos elefantes, acordamos as 5:30 e fomos levados até ao acampamento dos elefantes propriamente dito, onde chegamos por volta das 6:00.

Tanto no hotel como no acampamento, havia café, chá e alguns cookies, servidos antes da atividade, pois o café da manhã é tomado no retorno da atividade.

O programa começou com a apresentação dos animais e do roteiro das atividades, depois fomos levados para a plataforma de embarque, onde fomos, a cada dois, acomodados sobre os elefantes atrás de um guia.

O passeio sobre os elefantes dura aproximadamente 1h30min e me pareceu bastante seguro. Fui com minha filha de 6 anos sentada entre mim e o guia e ela até tirou uma soneca.

O percurso percorre uma antiga área de safári ao longo da garganta do rio Zambezi, de onde também se avista o spray das cataratas. Vimos alguns animais de menor porte, como cervos e javalis e muitos pássaros.

No final do percurso, alimentamos os elefantes. As crianças adoraram a experiência. Há duas opções de horário para o safári com os elefantes, de manhã e no final da tarde, e reservar com antecedência é indispensável.

Encerradas as atividades com os elefantes tivemos oportunidade de interagir rapidamente com o guepardo Sylvester, que “mora” próximo ao lodge.

O guepardo

Na verdade, esse guepardo foi achado ainda bebê, abandonado depois de sua mãe ser perseguida e seus irmãos mortos por leões. Ele foi criado por humanos e, por isso, não pode ser colocado de volta na natureza.

Em 2010, o animal foi adotado pela Victoria Falls Wildlife Trust, que promove encontros com o animal. Fora essa pequena interação gratuita (vale dar uma contribuição) é possível reservar uma caminhada na companhia de Sylvester pelo custo de USD 50, valor que é utilizado na sua manutenção.

O programa com os elefantes incluí um café da manhã no local, mas preferimos voltar para o café da manhã no hotel, que está na mesma área e muito próximo. Isso ocorreu por volta das 10:00.

Entre o café da manhã e o almoço, aproveitei para fazer uma massagem na tenda, enquanto meu marido levou as crianças para fazer “flying fox, no qual se escorrega e um cabo no abismo da garganta do rio Zambezi. As crianças gostaram muito da aventura e até minha pequena, de 6 anos, saltou três vezes sobre o a garganta de 120 metros.

Depois do almoço, fomos todos visitar as cataratas propriamente dita. O percurso demora 0:30 minutos a partir do hotel e para percorrer todo o parque leva-se aproximadamente duas horas. O parque onde se localizam as quedas é simples, mas a estrutura é boa, tudo estava muito limpo e não havia fila alguma para entrar.

As Cataratas

Artesanato

No retorno ao hotel, pedi para ir até ao mercado local para ver artesanato, mas confesso que me arrependi. Além de o artesanato ser apenas ok e similar ao encontrado em todos os locais da África em que estivemos, o local é muito pobre e as pessoas se atiram de uma forma bem agressiva sobre qualquer turista na busca de venderem algo. Eu sei que isso acontece em muitos lugares e que até tem pessoas que se divertem com isto, mas me senti mal e incapaz de barganhar centavos.

Chegamos ao lodge por volta das 17h00, a tempo de apreciar o por-do-sol defronte daquela paisagem exuberante.

Dia 3: O último

Depois do café da manhã, partimos em direção a Kasane, já em Botswana para pegar o voo para o lodge Xaranna no Delta do Okavango, nossa morada pelas próximas três noites e tema da próxima postagem.

O percurso entre Victoria Falls até a fronteira dura aproximadamente 2 horas e a estrada de asfalto é boa. O guia nos acompanhou para a obtenção de visto, mas não cruzou a fronteira.

Do outro lado havia outro veículo nos aguardando para levar nos até o aeroporto.

Todo o traslado e voos foi organizado pela &Beyond com Wendy Bruens (Wendy.Bruens@andbeyond.com) e executado pela Wild Horizon.

No aeroporto encontramos outro representante da empresa que cuidou do nosso check in. O avião era pequeno e pertencia a MackAir, companhia de táxi aéreo que tem rotas por aquela região.

Acho que é possível contratar com eles diretamente, mas o que pude observar é que a cia de táxi aéreo trabalha em parceria com os lodges e traça a suas rotas diárias de acordo com as demandas dos lodges.

Nosso voo fez duas paradas em pistas de outros lodges antes de nos deixar numa das pistas do Delta do Okavango, onde os guias do Lodge Xarana, pertencente a rede &Beyond, nos aguardavam.

By | 2016-09-25T09:02:28+00:00 junho 5th, 2015|África|Comentários desativados em Férias em família na África: safári no Zimbábue

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