As belezas do Instituto Inhotim

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As belezas do Instituto Inhotim

por Jaqueline Furrier
colaboração de Mel Reis

Em junho de 2012 estive com alguns amigos em Inhotim e todos nós adoramos o programa nesse Instituto Cultural. O local é de fato incrível, mesmo para quem não se entusiasma muito com arte contemporânea. As fotos falam por si. Além das das aqui colocadas, não deixe de ver as demais no álbum publicado na nossa página do facebook.

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Fizemos a opção de ficar em uma das pousadas que “supostamente” são próximas do local, mas não fiquei satisfeita nem com a pousada nem com a distância dessa até o Instituto e, por isso, ainda, não tinha me animado a escrever sobre este programa. Resolvi fazer isto agora, depois de passar um final de semana em setembro deste ano em Belo Horizonte para ir a um casamento. Por que?

Porque acho que é mais legal se hospedar em Belo Horizonte, ao menos enquanto não inauguram o hotel que está em construção dentro do Instituto Cultural Inhotim e também porque a revitalização dos prédios públicos da Praça da Liberdade trouxe um apelo turístico à capital mineira.

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Assim, embora para conhecer Inhotim haja duas opções viáveis de hospedagem, eu não teria dúvidas em recomendar que se hospede em Belo Horizonte, mesmo que vá somente para um final de semana. Se você for num feriado ou puder dispor ao menos de três dias, poderá, ainda, aproveitar um pouco da capital mineira.

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Saindo do aeroporto de Confins, porta de entrada da maioria dos voos, são 40km até os bairros centrais de Belo Horizonte e para chegar a Inhotim mais 60km.

Já de Confins até a cidade de Brumadinho, onde fica Inhotim, são 91km, mas a pequena cidade só tem hotéis bem simples e mesmo assim esses distam 4km do Instituto. Veja que dá quase na mesma se você se hospedar em Belo Horizonte.

Se optar por ficar em uma das pousadas “próximas” vai rodar mais ainda. Se a hospedagem for na Estalagem do Mirante, onde fiquei em Brumadinho, serão 77km a partir de Confins e outros 37 para chegar a Inhotim.

O mesmo vale para a Pousada Vista da Serra: 74km a partir de Confins e outros 30km de lá a Inhotim.

Ambas as pousadas citadas são consideradas as melhores da região. Eu fiquei na Estalagem do Mirante e um casal, que viajou conosco, ficou na Vista da Serra.

A Mirante da Serra não tem nada de especial. Tem uma vista bonita, é verdade, e um café da manhã charmoso, mas o restaurante é limitado e embora se intitule uma pousada de charme, destoa bastante do que temos próximo a São Paulo com a mesma proposta.

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Os amigos que ficaram na Vista da Serra a acharam ainda mais simples e sem graça do que a Estalagem do Mirante, embora tenham gostado do restaurante.

Ao escolher onde ficar tenha em mente que se optar pelas pousadas não terá opções de restaurantes para jantar a não ser o das mesmas e se chegar muito tarde talvez nem jantar consiga.

Se chegar no aeroporto à noite, o melhor é parar para jantar no caminho para as pousadas. Uma boa dica é o La Victoria ou o Bistrô da Matilda, que foi onde jantamos, pois o outro estava fechado para um evento. 

Por outro lado, se optar por se hospedar em Belo Horizonte, terá muitas opções de restaurantes mesmo que chegue tarde à cidade. A mesma facilidade encontrará nas noites depois da visita a Inhotim.

Embora Belo Horizonte ofereça muitos hotéis, não há muitas opções de qualidade. O que pude observar, na busca por hotéis na minha estada de setembro de 2013, é que a maioria são flats que foram revitalizados e “transmudados” em hotel. A reformulação trouxe decoração nova e algumas amenidades, mas na maioria não houve mudança arquitetônica.

Eu me hospedei no Royal Savassi Boutique Hotel, que é bem próximo à Praça da Liberdade, mas não se entusiasme com o “boutique” do nome.

Consulte o Booking e escolha entre os mais recomendados nos bairros de Lourdes e Savassi, onde está a maioria dos restaurantes e lojas legais, se ainda tiver tempo para compras. O site de Inhotim recomenda o Hotel Mercure, do  Bairro de Lourdes.

Para conhecer Inhotim, o ideal é que disponha de ao menos dois dias para a visitação. Vale a pena chegar no horário da abertura, às 9:30, pois o local é bem grande (são vários pavilhões espalhados por 97 hectares de um paisagismo impecável) e, ao finais de semana, fecha às 17:30.

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Entre o pavilhões próximos, o ideal é caminhar pelos jardins.

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Para alcançar os mais distantes é possível e melhor se valer de transporte em carrinhos de golf que podem ser coletivos e passam por pontos predeterminados ou alugados para uso privado.

O local oferece diversas ofertas para alimentação, que vão de lanchonetes, buffet por quilo, a outro mais sofisticado com preço fixo. São ao todo sete opções para fazer suas refeições. Nosso grupo almoçou nos dois dias no Restaurante Oiticica, que tem um bom buffet a preço fixo. É importante reservar, pois lota. Também é possível encontrar banheiros limpos e bem equipados por todo o local.

Nós contratamos a agência local Happy Travel, para os transfers e também para ter um guia na visitação. A agência é especializada em Inhotim e o serviço foi muito bom e recomendo. A nossa guia, Marcela, nos ajudou muito nos percursos pelo Instituto, tanto na logística como no entendimento de algumas obras de arte. Essa agência tem outras sugestões de roteiros pela região, caso tenha mais tempo.

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Se ficar hospedado em Belo Horizonte e não estiver em grupo, acho que vale contatar os motoristas Gilberto e Dilson, no celular (31) 9134-8076, para comparar preços de transporte para Inhotim ou mesmo para se locomover pela cidade ou ir e voltar do aeroporto. Eu utilizei os serviços deles em Belo Horizonte e foram muito atenciosos.

Para fazer a visitação por sua conta, o melhor é comprar as entradas pela internet para evitar as longas filas. As agências têm filas especiais.

Com tempo para visitar Belo Horizonte, a minha sugestão é que não deixe de ir à Praça da Liberdade e visite alguns de seus novos museus. Além disso, não deixe também de apreciar a Praça e suas lindas paineiras imperiais.

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Os prédios públicos, na sua maioria históricos, que ficavam no entorno da praça, foram ou está sendo transformados em museus ou centros culturais e a revitalização impressiona.

Do Circuito Cultural Liberdade, eu visitei o Memorial Minas Gerais Vale, situado no prédio da antiga Secretaria da Fazenda, que foi reformado preservando sua bela arquitetura original, mas se valendo da tecnologia moderna, Tem vários ambientes iterativos e conta a história das Minas Gerais de uma forma lúdica. Gostei muito.

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Lá visitei ainda o Centro Cultural do Banco do Brasil, que por ser recém-inaugurado não conta com um acervo permanente, mas traz duas exposições temporárias: “Mulheres Artistas na coleção do Centro Pompidou”, até o dia 21.10.13, e “Fernando Sabino 90 anos”, até 04.11.13. Achei ambas interessantes, assim como a restauração do prédio histórico, que era ocupado pela Secretaria da Segurança Pública.

Gostaria de ter podido visitar o Palácio da Liberdade, totalmente restaurado, só que não dispunha de muito tempo e não consegui devido à fila.

 

As visitas são guiadas e como os grupos são de apenas 10 pessoas, a fila pode ser demorada. Sugiro que vá às 10:00, quando abre, e depois vá aos demais museus.

Se tiver tempo, viste a Igreja São Francisco de Assis na Lagoa da Pampulha. Essa pequena igreja e outros quatro prédios no entorno da lagoa foram encomendados pelo Juscelino Kubitschek a Oscar Niemeyer, no início de sua carreira e já mostram a originalidade do famoso arquiteto.

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Os outros prédios do arquiteto, abertos à visitação, são a Casa de Baile e o Museu de Arte da Pampulha, construído para ser um cassino.

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Nesse final de semana, aproveitei também para ir ao sempre festivo restaurante A Favorita, onde estive pela primeira vez há mais de 12 anos e muitas vezes depois. Fui no almoço do sábado e, embora animado, não estava lotado. A comida continua muito boa.

Se tiver um dia para ir à Pampulha fazer essa visita, aproveite e almoce no restaurante Xapuri, que fica próximo e é  considerado o melhor de comida mineira. Fiz isto no domingo do final de semana que estive lá. Saí do hotel às 12:00, segui para os prédios da Lagoa e cheguei ao restaurante às 14:00. De lá, fui para o aeroporto.

No jantar da sexta-feira, quando cheguei de São Paulo, fui conhecer o Vecchio Sogno, que vem acumulando prêmios, como o melhor da cidade pelo Guia Quatro Rodas. Cheguei lá às 23:30 e ainda estava cheio. De fato a comida é muito boa, mas sem muita criatividade. O ambiente é um tanto nostálgico e o serviço muito atencioso.

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Na viagem a Inhotim, não estava com as crianças, mas a matéria de Monica Nóbrega para o Suplemento de Turismo do Estado de São Paulo, do dia 21.05.13, me deixou com vontade de levá-las. Acredito ser uma boa ideia programar um final de semana ou um feriado prolongado em casal, grupo ou com crianças para conhecer um pouco de Belo Horizonte e o entorno.

By | 2014-11-10T14:33:33+00:00 outubro 11th, 2013|Brasil, Sudeste|2 Comments

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2 Comments

  1. Oi Nina

    Não acredito que ainda não foi a Inhotin.
    O Hotel vai demorar, programe-se para aproveitar um pouco de BH, que está bem legal.
    Obrigada pelo retorno, que nos encoraja a continuar no projeto.
    Bj

    Jaqueline

  2. nina horta 11/10/2013 at 21:58

    Ótimo e conciso o post sobre Inhotim e BH. Não tem cabimento não conhecer Inhotim, mas acho que vou esperar o hotel ficar pronto. Obrigada pela objetividade de vocês. A viagem fica um bocado mais fácil. Nina Horta

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